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Estudante da UFMT denuncia professor por oferecer notas maiores em troca de sexo

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Um estudante do curso de filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) diz ter sido assediado sexualmente e perseguido por um dos professores do curso após denunciar o caso. Paulo Cardoso dos Santos Alves, de 29 anos, registrou denúncias contra o professor na Polícia Federal, em dezembro de 2018, e no Ministério Público Federal, em abril deste ano.

Ao G1, Paulo contou que sofreu o suposto assédio em 2017. Segundo ele, o professor o convidou para ir até a casa dele e teria oferecido notas melhores em troca de sexo. “Eu recusei e denunciei para a universidade, mas eles disseram que eu não tinha provas e, desde então, não falaram mais nada sobre o assunto. No ano passado, ele [professor suspeito] voltou a dar aula para mim, foi então que começou a perseguição”, relatou.

Em nota, a UFMT informou que as denúncias apresentadas pelo estudante foram recebidas, encaminhadas para comissões próprias de avaliação. Após análise, as denúncias foram consideraram improcedentes, arquivadas e o resultado informado ao aluno.

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O estudante alega que a comunicação não foi feita. Paulo gravou um vídeo e publicou no perfil dele nas redes sociais, na semana passada, relatando o assédio e a perseguição que estava sofrendo. “Fiz esse vídeo para que saibam o que estou passando, fiz para me libertar, porque isso está me fazendo mal”, explicou.

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo professor, na quarta-feira (24), por calúnia por meio da internet. Ele negou os assédios e disse que se trata de uma falsa acusação.

A Polícia Civil informou que está investigando o caso. Segundo o estudante, depois de cometer o suposto assédio, o professor voltou a dar aula para ele e o tratou com diferença durante as aulas.

Nas provas aplicadas, Paulo foi reprovado. “Ele brigava comigo e me desprezava na sala. Fiz os trabalhos e as provas, que dariam nota suficiente para passar, mas ele me reprovou”, disse.

Paulo afirmou que foi criado em um orfanato, em Goiás, e se mudou para Cuiabá para estudar. Com a reprovação, o auxílio-alimentação e moradia, que era de R$ 800, foi cortado no dia 7 de junho. “Na semana passada, precisei chamar a polícia para conseguir almoçar no restaurante da universidade, pois fui barrado. Lutei a vida toda para conseguir essa vaga na universidade e agora estou passando necessidades. Estou sendo ajudado pela paróquia onde frequento e por amigos”, contou.

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Uma decisão da Justiça Federal, do dia 16 deste mês, determinou para que a universidade volte a conceder o auxílio financeiro ao estudante. Na mesma sentença, a Justiça determina que a UFMT aplique uma prova na disciplina em que o estudante foi reprovado e disponibilize outro professor para preparar o aluno para a avaliação.

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A prova anterior também deverá ser corrigida novamente pela universidade, sem a influência do professor apontado como suspeito.

Fonte: G1

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