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Polícia prende acusado de mandar recado com ameaças a juiz

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A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem que fez ameaças a parente do juiz Marcos Faleiros da Silva, da 7ª Vara Criminal (Vara Especializada do Crime Organizado), que foi responsável pela decretação das 233 ordens judiciais da Operação Red Money, deflagrada na quarta-feira (08). A operação foi desencadeada para desmantelar e descapitalizar a facção Comando Vermelho em Mato Grosso.

A prisão foi efetuada por policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

O suspeito R.D.G.C. foi preso em flagrante, na tarde de quinta-feira (09), por incidência nos crimes de integrar organização criminosa e ameaça.

Ele faz uso de tornozeleira eletrônica e foi preso no Fórum de Cuiabá, quando acompanhava audiência da esposa, K.R.B., que foi presa na operação.

Segundo as investigações, logo após a deflagração da Operação Red Money, o suspeito telefonou para uma pessoa próxima e ligada ao juiz de direito proferindo uma série de ameaças em razão da prisão de sua mulher e apreensão de veículos.

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No contexto das ameaças, segundo a Polícia Civil, ele mandou recado, por meio dessa pessoa, falando que algo de grave aconteceria ao magistrado caso a prisão preventiva de sua esposa não fosse revogada.

Ainda durante o telefonema, o suspeito reconheceu ter responsabilidade sobre os crimes imputados à sua esposa, demonstrando ocupar posição de destaque na organização criminosa.

O suspeito, após ser autuado em flagrante, foi encaminhado para audiência de custódia no Fórum de Cuiabá.

A Operação

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A Operação Red Money foi realizada pela Polícia Civil, sob a coordenação da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com o objetivo de desestruturar a base financeira do Comando Vermelho, a principal facção criminosa de Mato Grosso cujas lideranças estão presas na Penitenciária Central do Estado.

Foram decretados 94 mandados de prisão (30 alvos estão dentro de presídios), 59 mandados de busca e apreensão e 80 ordens judiciais de bloqueio de contas correntes, e outras medidas cautelares de sequestro de bens e valores (uma fazenda no Município de Salto do Céu, duas casas e um terreno em Cuiabá, dois caminhões e cinco automóveis), interdição de duas empresas.

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A investigação iniciada há mais de 15 meses teve como foco a apreensão de patrimônio e descapitalização da facção criminosa. Segundo a Polícia Civil, a organização desenvolveu internamente um sistema de arrecadação financeira próprio, criando assim um grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro, com utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.

Por meses, os analistas estudaram o sistema de arrecadação financeira da facção descobrindo três fontes principais de recursos: mensalidade paga pelos faccionados, chamadas de “camisa”; cadastramento e mensalidades pagas por traficantes ou por cada ponto de venda de droga, conhecidas por “biqueiras”; cobrança de “taxa de segurança” de comércios (extorsão de comerciantes).

 

 

 

Fonte: Midia News

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