Trágico acidente envolvendo morte de criança, levanta questão de falta de infraestrutura na MT 449 para atendimento de vítimas

Várias questões foram levantadas após a morte trágica da criança de sete anos, que não resistiu após ser atropelada na MT 449, em Lucas do Rio Verde, ao sair de um ônibus, nesta sexta-feira (21).

A principal delas é que a referida rodovia, MT 449, é pedagiada, de forma que as pessoas pagam mais caro que a federal BR 163, sendo uma taxa de cerca de R$ 4,90 para R$6,00 pelo mesmo km, respectivamente. Contudo, na BR 163 existe uma infraestrutura completa, com ambulância de resgate, médicos socorristas, enfermeiros, já na MT 449, supostamente existe uma ambulância, mas o que é possível perceber é que quem atende as ocorrências registradas, seria apenas o Corpo de Bombeiros.

Além disso, na MT 449, há deficiência na questão de sinalização, não possuindo indicação de ponto de ônibus escolar, nem mesmo a placa de PARE, para alertar quem trafega pela via. Por ser uma região rural, em que há muitas fazendas, seria essencial uma sinalização mais adequada, visto que com isso, há uma significativa circulação que estudantes e pessoas nas imediações.

Existem duas bases para atendimento de ocorrências de acidente com vítimas graves na BR 163, sendo uma na divisa do município de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, e chegando em Lucas, a outra. Já a MT 449 enfrenta uma dificuldade nesse sentido, pois não há nenhuma equipe responsável por atendimento dessas situações, sendo necessário o deslocamento do Corpo de Bombeiros, se for o caso. E infelizmente não se sabe o que motiva essa falta de amparo aos usuários, e o motivo de ficar a cargo de apenas bombeiros miliatares prestarem esse atendimento.

Portanto, um comparativo mostra que a BR 163 mesmo com taxa mais baixa, tem uma infraestrutura muito mais adequada que a outra rodovia, sendo um problema apenas a questão da falta de duplicação. Já a maior problemática da falta de infraestrutura para atendimento nessas situações, se apresenta na MT 449.

Nossa equipe de reportagem tentou contato com a Associação Rodovia da Mudança, responsável pelo trecho, pela falta desses fatores importantes, já que é pedagiada, porém, até o momento não obteve sucesso.