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Burnout: por que as pessoas não procuram ajuda?

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Por que as pessoas não procuram ajuda quando estão com burnout?
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Por que as pessoas não procuram ajuda quando estão com burnout?

Nos últimos dois anos, a síndrome de burnout, tem se destacado e ganhou ampla visibilidade tanto na saúde como nos negócios. Um estudo promovido pela LHH, do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos, revelou que 38% dos 15 mil entrevistados, sendo a maioria funcionários de grandes empresas ao redor do mundo, foram diagnosticados com burnout.

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No entanto, os estigmas e tabus em torno da saúde mental persistem e constituem uma barreira importante para a busca por ajuda especializada para tratar da doença. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a falta de conhecimento e clareza em não conseguir identificar os sintomas têm grande impacto para obtenção de um acompanhamento adequado, o que pode levar a consequências sérias, como complicações de saúde física e emocional, afastamento do ambiente laboral, entre outros.

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Segundo Camila Magalhães, psiquiatra e cofundadora da Caliandra Saúde Mental, empresa especializada em soluções de cuidados à saúde mental e treinamento de liderança, o burnout é caracterizado por um esgotamento causado por situações conflituosas no ambiente de trabalho. “Estresse, exaustão extrema, esgotamento físico, alteração de humor, negatividade e falta de interesse em realizar as atividades são alguns sinais de alerta”, destaca a especialista. O levantamento da LHH apontou, ainda, que a doença tem afetado especialmente as gerações mais jovens. Dentre 45% das lideranças que fazem parte da geração Z, o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento do burnout e outros sintomas de saúde mental.

Diante da literatura científica, a OMS alterou em janeiro de 2022 a classificação do burnout, como fenômeno ocupacional. Sendo assim, o colaborador diagnosticado com burnout terá os mesmos direitos trabalhistas do que outras doenças e acidentes decorrentes do trabalho.

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Camila alerta que o diagnóstico deve ser feito por um médico do trabalho, que poderá avaliar profundamente o possível nexo causal entre os sintomas e o ambiente laboral, se possível com apoio de um especialista em saúde mental, para diagnósticos diferenciais de transtornos mentais. “Idealmente, a avaliação clínica de saúde mental e a avaliação do ambiente de trabalho são complementares para que o diagnóstico seja o mais preciso possível e as condutas de manejo mais eficazes, considerando ambos o contexto laboral e o sofrimento emocional do indivíduo”, explica.

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Por fim, a psiquiatra ressalta a importância das organizações desenvolverem um olhar preventivo, não apenas para se protegerem de eventuais processos trabalhistas, mas sim aplicar ações educativas e que promovam um ambiente mais saudável. Desmistificar o tema se relaciona diretamente com a percepção sobre a busca por um acompanhamento especializado. “Se você sente que está passando por algum desses problemas ou percebe em sua equipe algum funcionário com esse perfil, não hesite em contatar um profissional da área da saúde mental. Como é comum em todo diagnóstico, a detecção precoce pode fazer toda a diferença no tratamento”.

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Fonte: Mulher

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