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Tirar os pés do chão traz equilíbrio e ajuda a superar desafios

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Milena Carla, de 48 anos, a modalidade desperta um desejo de sempre querer evoluir.
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Milena Carla, de 48 anos, a modalidade desperta um desejo de sempre querer evoluir.

Quando foi que você fez algo pela primeira vez? Evocar a coragem e se desafiar reforça nossa capacidade de aprender. Porém, antes de voar é preciso saber aterrizar. Essa é a principal premissa do Ballet Fly, ou ballet aéreo, em que os praticantes dançam no ar, sustentados por um tecido preso ao teto, também chamado de Tecido Acrobático. Essa modalidade de exercício físico tem ganhado fama por desenvolver equilíbrio e coordenação motora, além de proporcionar alongamento e força muscular.

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“Frequentemente escuto frases como ‘sempre sonhei em fazer isso’, ‘que sensação de liberdade’ e ‘sinto que estou voando’”, relata Letícia Marchetto, criadora da modalidade. Formada em educação física e dança, ela explica que a maioria dos praticantes são pessoas iniciantes no tecido acrobático que reportam estar há alguns anos em sedentarismo. Para ela, são exatamente essas pessoas que mais vão se beneficiar com os exercícios de estabilidade no tecido.

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Segundo Letícia, um quarto das pessoas que chegam até o Ballet Fly relatam histórico recorrente de entorse de tornozelo. “Quando um cliente chega para a primeira aula, perguntamos o histórico de lesões e essa é uma das mais frequentes. A repetição da torção é chamada de instabilidade crônica de tornozelo. A melhor prevenção da ocorrência vem dos treinos de fortalecimento e equilíbrio”, explica a professora.

Esse cuidado com o tornozelo é necessário, pois as técnicas do tecido acrobático requisitam movimentos refinados do pé. Por exemplo, em algumas técnicas de descida, os pés atuam regulando a velocidade com que o corpo escorrega para descer do tecido. “O pé precisa estar forte para que o praticante faça movimentos intermediários. Por isso, o treinamento do Ballet Fly envolve fortalecer, flexibilizar e mobilizar os pés desde o primeiro dia”, esclarece Letícia.

Os pés são importantes, mas tirá-los do chão também tem muitos benefícios. Letícia explica que o tecido possui um giro natural e a maior dificuldade entre as alunas é a sensação de desorientação que vem com o giro. “A referência externa é alterada quando subimos no tecido. Aquela parede que estava à sua direita deixa de ser uma boa referência quando você começa a girar. Para não ter a sensação de estar desorientado, é necessário se conectar com suas referências internas, referências do seu próprio corpo. Isso desenvolve a consciência corporal e espacial do praticante”, diz.

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A aluna Gabrielle de Carvalho, de 30 anos, conta que tirar os pés do chão traz a sensação de liberdade

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Além disso, a gravidade também interfere na prática do Ballet Fly. Por isso, o esforço nessa atividade é ainda maior para ir contra essa força que puxa para o chão. Segundo a professora, o medo de desequilibrar e cair também é um dos desafios enfrentados pelas alunas. “Estamos sempre em prontidão mental e física. Fisicamente, isso eleva o tônus muscular, já que os músculos precisam estar ativos e preparados para antecipar movimentos e manter o equilíbrio”, diz.

Depois de driblar o medo, vem o maior benefício: a sensação de estar sem peso, solto, leve e livre para voar. “Ficar de cabeça para baixo no tecido é bastante simbólico para muitas das pessoas que nos procuram. No Ballet Fly, se a pessoa não tem contraindicações, ela já experimenta uma inversão na primeira aula”, afirma a dançarina e professora.

A aluna Gabrielle de Carvalho, de 30 anos, conta que tirar os pés do chão traz a sensação de liberdade. “O Ballet Fly me ajudou a enxergar que não existe desafio que, quando trabalhado, você não consiga superar. Também me traz uma sensação nostálgica dos momentos da infância, com todas as cores dos tecidos estimulando nosso lado lúdico e criativo”, diz.

Já para Milena Carla, de 48 anos, a modalidade desperta um desejo de sempre querer evoluir. “O Ballet Fly é minha nova paixão. É uma atividade que exige força, concentração e alongamento. E, durante a prática, não consigo pensar em mais nada e isso ajuda a diminuir a ansiedade e me faz realmente presenciar o momento”, destaca.

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Para a professora Letícia, aventurar-se em fazer algo extraordinário com segurança ajuda a manter o ser humano longevo. “Isso é empoderador. Pensar ‘ainda não vivi tudo o que eu tinha para viver’ é mais construtivo se vier acompanhado da percepção de que ‘sou capaz de experimentar algo pela primeira vez’. A decisão de tomar uma atitude frente ao desafio faz com que o aprendizado não seja apenas sobre movimento, mas também transporte para a vida”.

Fonte: Mulher

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