Com as filhas abaladas psicologicamente, a família Cestari não voltou para casa após a morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, que levou um tiro na cabeça. A informação é de um dos advogados da família, Rodrigo Pouso.
Eles moram do condomínio Alphaville 1, no Bairro Jardim Itália, onde ocorreu o caso.
Segundo Pouso, as adolescentes ficaram traumatizadas com o ocorrido no banheiro da residência e não conseguem mais entrar em casa.
Diante disso, por recomendação de profissionais da saúde, a família está morando na casa de amigos.
“O psicólogo falou: ‘Não é interessante voltar agora’. E as meninas também nem conseguem voltar. O psicológico está muito abalado. Elas eram amigas”, disse o advogado.
Em relação aos oficiais de Justiça, que podem procurar pela família para intimá-los, o advogado afirmou que os clientes irão se manifestar por meio dos autos do processo.
“Todo e qualquer ato que o oficial de justiça vai atrás, nós, como advogados, vamos nos manifestar nos autos do processo. Vamos nos dar por intimados e pronto. Não tem nada de fugir", afirmou.
"Mesmo porque o interesse é nosso, porque vamos nos manifestar para abaixar ainda mais a fiança”, completou.
O caso
Isabele Ramos foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela melhor amiga, também de 14 anos.
À polícia, a adolescente que atirou disse que foi em busca da amiga no banheiro do seu quarto levando em mãos duas armas.
Em determinado momento, as armas, que estavam em um case, caíram no chão. “A declarante abaixou para pegar os objetos, tendo empunhado uma das armas com a mão direita e equilibrado a outra com a mão esquerda em cima do case que estava aberto", revelou a menor em depoimento.
"Que em decorrência disso, sentiu um certo desequilíbrio ao segurar o case com uma mão, ainda contendo uma arma, e a outra arma na mão direita, gerando o reflexo de colocar uma arma sobre a outra, buscando estabilidade, já em pé. Neste momento houve o disparo", acrescentou.
Fonte: Midia News