ESQUEMA DOS COMBUSTÍVEIS

Delegado: grupo usou nome de falecida para abrir empresa em MT

Ao todo, foram cumpridos 23 mandados judiciais, sendo 5 de busca e apreensão em Cuiabá e São Paulo

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O delegado Walter Fonseca, titular da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, afirmou que os empresários alvos da Operação Barril Vazio, deflagrada na manhã desta terça-feira (14),  utilizaram o nome de uma mulher já falecida desde 1969 para abrir a empresa formuladora de combustível em Mato Grosso.

 

 

Segundo ele, o grupo nunca teve “capacidade financeira” para abrir a formuladora. Conforme a norma vigente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), uma empresa precisa do capital social de R$ 20 milhões para poder atuar no ramo de formuladora de combustíveis.

 

 

Entretanto, por meio de uma série de falsificações na Junta Comercial, o grupo conseguiu abrir e tocar o esquema, que tem potencial lesivo aos cofres públicos de até R$ 500 milhões.

 

 

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“Com as quebras de sigilo fiscal, a gente pretende demonstrar que nunca estas pessoas tiveram a capacidade financeira para chegar a deter uma empresa com capital de R$ 130 milhões”.

 

Nunca estas pessoas tiveram a capacidade financeira para chegar a deter uma empresa com capital de R$ 130 milhões

 

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Investigações

 

 

Segundo Ferraz, apesar de “nova”, a empresa tem as origens no município de Mirassol D’Oeste e já atua há 20 anos no mercado de combustível em Mato Grosso. Desde então, a empresa fez diversas alterações contratuais nos últimos anos, entre elas, a alteração de sua sede para Várzea Grande.

 

 

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“Essa empresa passou pela sucessão de alterações contratuais que entendemos terem sido feitas com falsidade ideológica, dada a ilicitude dos documentos. Detectamos que essas alterações foram feitas para que ela tivesse um capital social à época de R$ 20 milhões para que ela pudesse se habilitar como empresa formuladora de combustíveis” disse.

 

 

A empresa já chegou a ter o capital de quase R$ 130 milhões. Contudo, as investigações da Polícia Civil apontam que essas alterações foram feitas por meio de diversas falsificações.

 

 

 

“A gente tenta, com essa ação de hoje, bloquear o funcionamento dessa empresa e angariar mais documentos para avançar nas investigações de uma possível organização criminosa. Porque são várias pessoas que já passaram pelo quadro social da empresa. São 16, então é muita gente envolvida e são vários interesses envolvidos”, completou o delegado.

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Ao todo, são 23 mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão, uma de suspensão cautelar de pessoa jurídica expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (NIPO) e são cumpridas em Cuiabá e na cidade de São Paulo.

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Lucas do Rio Verde

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