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POLÍCIA

Falso pai de santo abusa de 30 adolescentes

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Um homem, que se passava por líder religioso, no município de Barra, foi preso nesta terça-feira, 24, suspeito de estupro mediante fraude contra ao menos 30 adolescentes de 12 a 18 anos.

 

 

“O homem se utilizava da prática espiritual, passando-se por pai de santo, utilizando nomes de entidades para realização dos abusos sexuais nas vítimas. Para manter as meninas presas à rotina, o suposto líder espiritual dizia que realizava esses trabalhos para que elas evoluíssem espiritualmente”, disse o titular da Delegacia Territorial de Barra, o delegado Jenivaldo Rodrigues.

 

 

Ainda segundo o delegado, as adolescentes eram atendidas individualmente dentro de um quarto, onde tinham seus olhos vendados e tinham que tirar peças de roupas para ficar nuas, por determinação do homem.

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POLÍCIA

Professor negro preso por crime enquanto trabalhava pode processar o Estado

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Clayton Ferreira Gomes dos Santos, o professor negro que foi preso acusado de sequestrar e roubar uma idosa, pode processar o Estado de São Paulo, segundo o advogado dele. Ao g1, nesta quinta-feira (18), o representante ressaltou que a detenção representa um “impacto negativo muito grande” na vida do cliente. O defensor disse ainda que, passada a investigação da Polícia Civil, vai analisar o caso para avaliar como proceder.

 

A Polícia Civil da capital paulista prendeu Clayton na última terça-feira (16) sob a acusação de sequestrar e roubar uma idosa em Iguape (SP), por volta das 9h de 31 de outubro de 2023. Em contrapartida, a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona Sul de São Paulo, declarou que o homem dava aulas de educação física no mesmo dia e horário em que ocorreram os crimes.

 

A Justiça de São Paulo atendeu, na quarta-feira (17), o pedido da defesa de Clayton, concedendo um habeas corpus para libertá-lo. Na decisão, o desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerou que os indícios da autoria do crime foram “enfraquecidos” a partir da hipótese de que ele estava trabalhando (leia mais abaixo).

 

Ao g1, o advogado Danilo Reis, que representa Clayton no caso, afirmou que, futuramente, pode considerar a possibilidade de processar o estado e pedir uma indenização pelo tempo em que o homem ficou detido. “O primeiro passo é colocá-lo em liberdade. Agora, temos que ter acesso ao inquérito policial por completo para, depois da conclusão dele, verificar uma ação cível em desfavor de quem for de direito”, disse Reis.

Sentimento

O advogado acrescentou que, em contato com Clayton e familiares mais próximos do professor, sentiu a expectativa alta pela liberação dele, embora os danos permaneçam. “Todo mundo está feliz e ansioso para vê-lo fora de lá o quanto antes, mas é um impacto negativo muito grande porque é uma situação da qual ninguém espera, principalmente quando não dá motivos para o feito”, complementou ele.

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Habeas Corpus

O desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, decidiu pelo habeas corpus a Clayton a partir da declaração da escola e do conhecimento sobre o método usado para identificar o autor do assalto em Iguape: reconhecimento fotográfico.

“O Juízo de primeira instância mencionou a necessidade da prisão temporária com a finalidade de facilitar a investigação de crime grave (roubo). Todavia, enfraquecidos indícios de autoria pela hipótese plausível de o paciente estar trabalhando no momento do crime, tenho que a custódia caracteriza constrangimento ilegal sanável a adoção de medida de urgência”, escreveu o desembargador.

Com isso, o magistrado concedeu a liminar pretendida e determinou a expedição de alvará de soltura de Clayton. O juiz ainda criticou a polícia por ter pedido à Justiça a prisão temporária do professor baseando-se apenas no reconhecimento fotográfico dele.

“Muito embora seja cediço que tal elemento indiciário é admitido como lícito e, por vezes, constitui ferramenta útil ao trabalho policial inicial, as pertinentes alegações trazidas pelos impetrantes têm o condão de infirmá-lo.”

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Entenda o caso

professor-negro, clayton ferreira

Clayton é casado com Cláudia

A vítima do sequestro e roubo em Iguape é uma aposentada de 73 anos que havia reconhecido Clayton na polícia da cidade litorânea, por fotografia, como uma das três pessoas que roubaram R$ 11 mil dela em 31 de outubro de 2023 na Avenida Adhemar de Barros, no Centro.

Mas, de acordo com a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona Sul de São Paulo, Clayton estava dando aulas de educação física no mesmo horário e dia em que ocorreram os crimes. A escola fica na Rua Filipe Cardoso, no Jardim da Saúde.

Além do diretor da escola, a defesa e a família dele também alegam que o educador é inocente e que sua prisão é ilegal (saiba mais abaixo).

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Clayton, que tem 40 anos, não dá mais aulas nessa escola, na capital, que fica 200 quilômetros distante do local no litoral onde a idosa contou ter sido abordada por um homem e duas mulheres que estavam num Chevrolet Celta preto. O motorista era um homem negro, de acordo com a vítima. Ela se identificou como sendo parda.

Segundo a aposentada, os sequestradores obrigaram-na a entrar no veículo. Depois a levaram até uma agência bancária, onde mandaram fazer dois saques, nos valores de R$ 5 mil e R$ 6 mil. Em seguida, os bandidos, de acordo com a idosa, disseram para depositar o dinheiro na conta de uma das mulheres da quadrilha. Mais tarde, o grupo roubou seus cartões de banco e a abandonou em uma rodovia.

Professor trabalhava na hora do crime

Segundo o diretor de escola Vilson Sganzerla, Clayton trabalhou no dia 31 de outubro de 2023 no horário em que ocorreram os crimes. “Ele trabalhou na escola. Eu fiz a declaração. O que afirmei [é] que [Clayton] trabalhou num determinado tempo na escola. Parece, sim, existir um equívoco [na prisão dele]”, falou Vilson nesta quarta ao g1.

O diretor encaminhou para a defesa de Clayton uma cópia da ficha de ponto do professor na data em que ele foi acusado de ter cometido sequestro e roubo em Iguape.

Advogado cita preconceito

professor-negro, clayton ferreira

Clayton é professor atualmente da Escola Estadual Maria José, na Bela Vista, Centro de São Paulo. Segundo seu advogado, Danilo Reis, o cliente e uma das mulheres foram reconhecidos pela vítima por fotografias apresentadas a ela pela polícia de Iguape.

“Eu acredito que é mais um caso vinculado a preconceito racial e a falha do inquérito policial, que se limita a esse tipo de reconhecimento fotográfico, que é precário”, disse Danilo, na quarta-feira (17) ao g1.

O advogado não sabe como a foto de Clayton foi parar no banco de imagens mostradas pela polícia à vítima. “Ele nunca teve passagens criminais anteriores”, afirmou Danilo. O advogado suspeita até da possibilidade de que alguém ainda não identificado possa ter usado a foto e documentos de seu cliente de maneira criminosa para prejudicá-lo.

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“Existe a possibilidade de o documento do professor ter sido extraviado, mas de todo modo seria leviano a polícia pedir a prisão dele à Justiça somente pelo reconhecimento fotográfico.”

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A pedido da polícia de Iguape, e com a concordância do Ministério Público (MP) da cidade, a Justiça local decretou a prisão temporária de Clayton em 17 de novembro de 2023. Danilo não soube informar se a outra mulher identificada pela vítima por foto foi presa também. “Só posso dizer que Clayton não conhece essa outra suspeita, nunca a viu. Ele sequer esteve em Iguape antes. Foi acusado pela polícia de dirigir o carro usado nos crimes, mas ele não tem nem carteira de habilitação. Não sabe dirigir e só usa transporte público.”

“Nunca praticou qualquer ato ilícito e principalmente por fisicamente ser impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, agravando-se ainda mais por tratar-se de comarcas distintas e de distâncias consideráveis”, informa o pedido da defesa de Clayton no habeas corpus.

Policiais prenderam professor em delegacia

Segundo Claudia Gomes, esposa de Clayton, ele foi preso após atender um pedido da polícia para comparecer ao 26º Distrito Policial (DP), Sacomã, na Zona Sul. A mulher contou que seu marido recebeu uma carta na portaria do prédio em que moram, na capital, para ir à delegacia esclarecer informações que ele dera num boletim de ocorrência eletrônico que fez do furto de seu celular. Clayton não conseguiu reaver o aparelho furtado.

“Mas ele chegou lá sozinho e soube que os policiais disseram que havia um mandado de prisão temporária em aberto contra ele para ser cumprido por determinação da Justiça. Então o prenderam”, disse Claudia. “Eu estou arrasada porque estou sem saber o que fazer.”

“Como que pode um inocente ter que provar que ele é inocente? Só no nosso país acontece isso de um inocente ter de provar que é inocente. A pessoa fica apavorada, sem saber de nada”, falou a esposa do professor.

O que diz a SSP-SP

Procurada para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) respondeu que a prisão de Clayton seguiu o que a investigação policial apurou e teve a concordância do MP e da Justiça. Mas informou que qualquer irregularidade da delegacia tem de ser comunicada pelas partes à Corregedoria da Polícia Civil:

“O caso é investigado pela Delegacia de Iguape, que identificou, após trabalho de polícia judiciária, o homem citado como suspeito de um roubo em Iguape, em 31 de outubro de 2023, quando uma mulher de 73 anos teve o valor de R$ 11 mil subtraído. A vítima reconheceu o suspeito e uma mulher como autores do crime.

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