BENEFICIÁRIA DO BOLSA FAMÍLIA

Família Veggi usou repositora de mercado para criar empresa de fachada para venda de mercúrio

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Os empresários Ali Veggi Atala, Arnoldo Veggi, o Dodo e Edgar Santos Veggi, teriam usado uma repositora de supermercado de Mato Grosso do Sul para criar uma empresa de fachada usada na importação ilegal de mercúrio. A mulher, identificada pela Polícia Federal como Jhenyfer Silva Torres, era beneficiária do bolsa familia.

 

 

 

A empresa J.S. Torres, foi aberta em 2019, em Terenos (MS) e chegou a movimentar R$ 1,1 milhão. Um dos empregados cadastrados na J.S.Torres possui foi identificado como André Ponciano Luiz, morador de Cuiabá e beneficiário do auxílio emergencial.

 

De acordo com a investigação da PF, André tem relação próxima com Arnoldo Veggi. Constatada através de redes sociais, tendo inclusive participado de uma das confraternizações da empresa Quimar. Arnoldo declarou ter 40% da Quimar.

 

Em julho de 2022, houve uma alteração e o boliviano Feliz Lopes Bress, assumiu a empresa. Através da Quimar, a família Veggi adquiriu 400 kg de mercúrio e fazia transações com a J.S. Torres, usada como fachada.

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A esposa de Ali Veggi, químico e membro da diretoria do Conselho Federal de Química, aparece como uma das funcionárias da Quimar. Segundo a PF, ela teria feito inúmeras movimentações bancárias suspeitas.

 

Por conta da presença dos membros da família Veggi no controle de empresas que pertenciam ao esquema, a PF chamou os suspeitos e os estabelecimentos de fachada de “Grupo Veggi”.

 

A PF constatou que a empresa em nome de Jhenyfer Silva Torres funcionava apenas como fachada, sendo atravessadora e controladora da mercadoria de mercúrio.

 

Envolvidos no caso

 

 

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Ao todo foram dez mandados de prisão de envolvidos no esquema de uso ilegal de mercúrio em Mato Grosso, sendo cinco preventivas e outras cinco temporárias. Na lista das prisões preventivas estão: o empresário e químico Ali Veggi, o filho dele, Arnoldo Veggi, além de Edgar Veggi, Edilson Rodrigues de Campos, Anderson Ferreira de Faria e o DJ Patrike Noro de Castro.

 

Ainda foram cumpridos mandados de prisão temporária, com reclusão de cinco dias, contra o pai e a esposa de Edgar, Edy Veggi e Bruna Veggi. Felix Bless e André Ponciano Luiz também foram alvos das prisões temporárias em Mato Grosso.

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Os alvos da família Veggi fazem parte do Grupo Veggi, que seria responsável por seis empresas, das quais cinco registradas no Brasil e três com declaração de compra, venda, importação ou tentativa de importação de mercúrio junto ao Sistema de Relatório de Mercúrio do Ibama.

Ao longo dos anos, as empresas que compõem o grupo teriam adquirido 1353,4 kg de mercúrio por compra. Ali Veggi é considerado um dos principais mandantes intelectuais do esquema pela PF.

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