Helena Rodrigues Veras, de 67 anos, enfrenta uma série de acusações de homicídios em sua trajetória criminosa. Em um desdobramento recente, ela foi detida na última sexta-feira (1º) sob suspeitas de envolvimento na morte do namorado de sua própria filha em Cáceres, situada a 225 km de Cuiabá.
A idosa tem negado veementemente qualquer participação nos crimes que lhe são imputados, inclusive no caso que a levou a ser condenada a 13 anos de regime fechado em 2017. Essa reportagem foi relacionada ao assassinato da amante de seu marido, um crime que desencadeou uma série de eventos subsequentes.
Caio Albuquerque, o delegado encarregado do caso, revelou que Helena também é suspeita de estar envolvida em outros homicídios ocorridos entre 2006 e 2008. Estes incluem as mortes de dois sobrinhos dela e da irmã da amante, que foram erroneamente identificadas como alvo.
No entanto, a descoberta de novas evidências de sua ligação com a morte do advogado Marcos Alves, que à época era o namorado de sua filha, trouxe à tona um novo capítulo na investigação. Segundo relatos, o advogado teria mantido um relacionamento com a filha de Helena, e as declarações que cercam sua morte permaneceram obscuras. Ele saiu de casa para atender um cliente e nunca mais retornou.
A irmã da advogada, Tânia Alves, tem aguardado há oito anos para encontrar o corpo do irmão desaparecido. Ela expressou o desejo de proporcionar um enterro digno para ele, de modo que sua filha saiba que não foi abandonada.
O envolvimento de Marcos com a filha de Helena começou em 2015, e há suspeitas de que ele possa ter descoberto informações comprometedoras relacionadas à sogra. Sua família alega que ele era muito ligado à filha e que os dois eram inseparáveis.
O último encontro registrado com Marcos foi durante um almoço em família na residência dos pais dele. Posteriormente, a mãe dele recebeu uma mensagem do próprio filho informando que libertaria um preso perigoso em Cáceres, e depois disso, não houve mais notícias dele. A família esperou por dois meses, pois o aniversário do pai de Marcos estava programado para agosto, e eles aguardavam uma mensagem de felicitações, que nunca chegou. Agora, com a prisão de Helena, a família mantém a esperança de finalmente localizar o corpo de Marcos e obter respostas sobre o seu desaparecimento.