Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil, nessa terça-feira (12.04), acusada de manter numa espécie de ‘escravidão’ sua filha de 18 anos, portadora de deficiência física. A mulher “inventou” que a jovem também tinha deficiência mental, para poder receber aposentadoria e mantê-la em trabalhos forçados. O caso foi registrado em Cocalinho (923 km de Cuiabá).
Conforme a Polícia Civil, a irmã da vítima procurou a delegacia e denunciou a mãe por maus-tratos e violência psicológica, praticados contra a menina, que morava com a acusada contra sua vontade.
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A denunciante contou que, mesmo possuindo deficiência física, sua irmã era obrigada a desempenhar diversos trabalhos na propriedade, uma área rural, como rastelar o quintal, cuidar dos animais e limpar a casa.
Além disso, a mãe também inventou uma que a menina tinha deficiência intelectual para se beneficiar da aposentadoria e a proibiu de estudar na escola do município.
Ainda conforme a irmã, quando a vítima era menor de idade, chegou a ser recolhida em um abrigo sob a proteção do Conselho Tutelar, para que se fosse verificada uma denúncia de estupro praticado pelo padrasto.
Diante da denúncia, os policiais foram até a propriedade da família. Quando a viatura chegou, a jovem correu em direção aos agentes, chorando. Ela estava com vários machucados no pescoço e nos braços, resultados de agressão com vara de goiabeira.
Ela foi conduzida para um hospital para receber atendimento médico, já que tinha acabado de ser agredida.
A mãe recebeu voz de prisão e foi conduzida para a delegacia da cidade. Após ser interrogada, foi autuada em flagrante pelos crimes de maus-tratos e lesão corporal no âmbito doméstico.
A Polícia Civil apura o caso.
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