Durante a realização de um torneio de futebol, um menino de 12 anos se tornou vítima de abuso sexual, e sua família busca a prisão do agressor. O evento contou com a participação de crianças com idades entre nove e 13 anos, ocorrendo no último final de semana. Durante a competição, o menor relatou aos pais que havia sido vítima de estupro de vulnerável. O agressor, um homem de 51 anos, era responsável por supervisionar um dos alojamentos, instalado em uma escola pública de Nobres, localizada a 146 km da região médio-norte do estado.
O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Defesa da Criança (Deddica) da capital. Além desse caso, a unidade também está investigando outras duas denúncias de abuso sexual envolvendo adolescentes em contextos esportivos.
Na manhã de domingo (15), às 6h30, a mãe do menino recebeu um telefonema de seu filho, que havia viajado sozinho pela primeira vez após muita insistência. O menino, que havia se afastado do grupo e estava do lado de fora da escola, relatou à mãe que havia sido abusado e mencionou o nome do agressor. Logo depois, a mãe percebeu, através do telefone, que o agressor estava próximo de seu filho, tentando descobrir com quem ele estava conversando. Preocupada, pediu para que seu filho se mantivesse afastado do agressor e ligou para o treinador encarregado de levar os adolescentes. Ela também contatou uma amiga, mãe de outro competidor, que estava hospedada na cidade, e pediu que cuidasse do menino até que o pai fosse buscá-lo.
Antes de ser entregue ao pai, o responsável pela equipe esportiva confrontou a criança com o agressor, e o menino confirmou detalhadamente o que havia ocorrido. O menor foi levado para o hotel pela mãe do colega e, em seguida, entregue ao pai. Este último seguiu diretamente para o Plantão 24 Horas de Violência Doméstica e Sexual na capital, onde a criança foi ouvida por uma assistente social e encaminhada para exame de corpo de delito.
Enquanto isso, o agressor permaneceu no torneio e chegou a ligar para o pai da vítima, mas não obteve resposta. A família solicitou medidas cautelares à Justiça para garantir que o agressor não frequente a escola onde a vítima estuda, na qual ele atua como fisioterapeuta dos adolescentes que competem em diversas modalidades esportivas.