‘Negão das 2 mulheres’ é condenado por arrancar dentes e cortar vagina de vítima

José Odair Ildefonso Ribeiro, conhecido como “Negão das Duas Mulheres”, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Colniza (a 1.065 km a noroeste) por tentativa de homicídio qualificado de D.P. S. e por diversos crimes, incluindo tortura, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida. A sentença estipulou o cumprimento da pena em regime inicial fechado, negando ao condenado o direito de recorrer em liberdade.

O crime ocorreu no dia 13 de maio de 2022 na residência onde o condenado coabitava com a vítima e a irmã desta, situada no distrito de Taquaruçu do Norte.

A polícia foi acionada imediatamente após o incidente e encontrou a jovem em estado gravíssimo devido a uma grave infecção. Uma operação especial foi organizada, e após três dias de buscas em uma região de mata densa, o criminoso foi capturado.

Odair havia obrigado a irmã da vítima, que também era sua parceira, a fugir com ele. O casal estava com as crianças dos dois relacionamentos, que sofreram privações durante o período em que estiveram em cativeiro.

O promotor de Justiça substituto, Bruno Barros Pereira, atuou como acusação no caso. A denúncia do Ministério Público descreve que a vítima, na época com 21 anos, foi submetida a uma série de agressões na presença de sua filha de 9 meses. A única razão pela qual não foi assassinada foi o fato de o cartucho da arma de fogo estar úmido e não ter disparado, evitando o crime por razões alheias à vontade do agressor.

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Além disso, a vítima teve o clitóris cortado com uma faca. Ela foi encontrada debilitada com uma grave infecção no dia seguinte e encaminhada ao Hospital Regional. O agressor havia fugido para a mata com a irmã da vítima, de 23 anos, e três crianças. As investigações da Polícia Civil revelaram que o agressor havia levado as duas irmãs do estado de Rondônia.

Ambas as vítimas apresentavam um quadro de retardo mental. Com a irmã mais velha, o agressor teria dois filhos, enquanto a vítima, mãe do bebê de 9 meses, também foi levada para a região de mata durante a fuga.

O Ministério Público argumentou que, insatisfeito em torturar a vítima por meio de agressões físicas e mentais, o denunciado ordenou que a vítima abrisse as pernas e ameaçou cortar suas partes íntimas para que ela não pudesse mais manter relações sexuais com outros homens e não sentisse prazer com ninguém além dele. Ele usou uma faca para efetuar o corte nas partes íntimas da vítima. Além disso, José Odair manteve as vítimas em cárcere privado, impedindo-as de buscar ajuda.

As duas mulheres foram resgatadas 24 horas após o início dos ataques.

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