A Polícia Civil apontou que o tiro que matou Kristian de Araujo Amaral, de 28 anos, durante uma caçada com os amigos, o atingiu nas costas e teria sido disparado, de forma acidental, por ele mesmo.
O rapaz estava com mais três amigos em uma região de mata, em Sorriso (a 418 quilômetros de Cuiabá), na tarde de domingo (20), quando o acidente aconteceu.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) na manhã de segunda (21) para os exames de necropsia.
Segundo o delegado José Getúlio Daniel, o grupo tinha três armas de fogo, sendo duas delas registradas e outra, do tipo espingarda, sem registro. O tiro que matou Kristian saiu da espingarda sem registro.
“Possivelmente ele estaria tentando se desvencilhar do matagal e acabou, algum galho ou ele mesmo, acionando acidentalmente essa arma de fogo, qual acabou atingindo as suas costas e o levou a óbito”, explicou o delegado. Conforme o policial, Kristian carregava a arma nas costas.
À Polícia, o trio disse que foi Kristian quem os convidou para ir até a propriedade para caçar animais silvestres.
Segundo o relato, após algumas horas de caçada eles se dispersaram. Pouco tempo depois ouviram um disparo e, ao tentarem se comunicar mesmo a distância, Kristian foi o único que não respondeu.
Eles procuraram pelo amigo e já o teriam encontrado sem vida, caído de barriga para baixo em uma poça de sangue.
Conforme o delegado, o local em que a vítima foi encontrada era de difícil acesso e de uma mata bastante densa, com galhos entrelaçados, o que baliza a teoria de que ele estaria tentando abrir passagem quando o disparo aconteceu.
“Era uma arma muito velha e não possuía alguns sistemas de segurança, principalmente relativo à agulha que causa a explosão na espoleta. Essa agulha com o próprio empurrão no cano, ela acabava atingindo a munição e realizava o disparo”.
Os amigos de Kristian foram ouvidos em um inquérito para investigar as suas responsabilidades no caso. “A caça de animais silvestres é proibida no Brasil, salvo algumas espécies devidamente regulamentadas, com autorização legal”, disse o delegado.