POLÍCIA

Policiais vão a Justiça para não atuarem como carcereiros nas delegacias de MT

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O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT) protocolou na última terça-feira (19) uma ação na Justiça exigindo o fim dos desvios de funções submetidos aos servidores públicos.

O processo deve ser analisado na Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). Entre as queixas dos investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC) está o fato dos membros dos órgãos serem designados para atuar como “carcereiros” nas delegacias de polícia espalhadas pelo Estado.

“O Sinpol-MT protocolou ação civil pública em face do Estado de Mato Grosso, com o objetivo de colocar fim ao constante desvio de função experimentado por colegas investigadores, que convivem com a guarda e segurança de presos nas delegacias do estado”, diz trecho de um comunicado do Sinpol-MT.

“A medida judicial também visa proteger os colegas inseridos nessa realidade, bem como reafirmar o objetivo da carreira dos investigadores de polícia, uma vez que a postura do estado em manter a cautela de presos em delegacias gera dificuldades na rotina policial”, revela outro trecho do texto.

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A interposição da ação civil pública ocorre dias após um incidente envolvendo uma investigadora de polícia que estava “trabalhando como carcereira” na delegacia de polícia de Guarantã do Norte (736 km de Cuiabá), e o advogado Marcus Giraldi. Na última sexta-feira (15), ele teria agredido a servidora pública, que supostamente se recusou a autorizar a entrada do defensor no interior da delegacia.

Num vídeo gravado pela investigadora, Marcus Giraldi grita com ela, e exige a sua entrada na delegacia de polícia. Nesse sentido, o Sinpol-MT também expressa no comunicado que repudia “qualquer atentado contra a carreira e contra a integridade dos servidores”, numa possível referência ao episódio, conforme outro trecho do texto transcrito abaixo.

“Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a atuação profissional dos policiais civis e repudiamos qualquer atentado contra a carreira e contra a integridade dos servidores. Seguiremos firmes adotando todas as medidas necessárias para a preservação dos nossos direitos e avançaremos em nossas conquistas”.

Folha Max

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