POLÍCIA

Preso, líder de organização criminosa distribui cestas básicas e cobra proteção para empresas em MT

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A Polícia Civil de Mato Grosso, em investigação conjunta da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Tapurah, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Assintonia, com foco em organização criminosa envolvida com o comércio de entorpecentes, armas de fogo e munições e lavagem de dinheiro, na região médio-norte do estado.  Estão sendo cumpridos na operação 72 ordens judiciais, sendo para cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias.

Os mandados judiciais foram deferidos pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista da 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado de Sinop e são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos e Boa Esperança.mEntre os alvos da operação está um dos principais líderes de uma organização criminosa na região médio-norte do estado e que atualmente está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), possuindo extensa ficha criminal por atuação com comércio de drogas e armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série.

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As ordens para a prática de roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo, ocorrem de dentro do presídio, por meio de mensagens e ligações de celulares. O investigado possui  grande influência no mundo do crime e na liderança exercida sobre os “soldados da sua tropa”, que atuam especialmente nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.

As investigações apontam que o grupo atua na comercialização de entorpecentes devendo os integrantes, ao final de cada mês, enviar à liderança os lucros obtidos pela loja, além de fazer uma prestação de contas das venda. Utilizando estratégias de uma política assistencialista usada pelo crime organizado, o grupo criminoso investe na organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas básicas.

Com a técnica, o grupo criminoso busca cooptar o cidadão, que em troca dos benefícios fica a mercê do crime organizado, deixando de denunciar crimes e não colaborando com as investigações. Durante as investigações foram colhidas diversos elementos de prova relacionados à comercialização de entorpecentes e armas de fogo (pistolas, carabinas, revólveres e um fuzil), munições e explosivos, coordenadas pelo líder do grupo e seus comparsas.

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As investigações apontam que aquisições das armas de fogo não são apenas para revenda e comércio, mas para o cometimento de crimes, como assaltos e assassinatos de integrantes de facções rivais, bem como a agentes de segurança pública. Além de coordenar todo o tráfico de entorpecentes na região norte de Mato Grosso, o investigado também é responsável por impor uma espécie de cobrança de mensalidade às empresas locais da região, para que estas sejam “protegidas” pela facção criminosa, garantindo assim, que não serão roubadase furtadas, e caso seja, tenha seu problema resolvido pelo grupo criminoso.

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