POLÍCIA

TJ mantém preso limpador de piscinas que movimentou R$ 6 milhões em Cuiabá

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Os magistrados da Primeira Câmara Criminal seguiram por unanimidade o voto do desembargador Paulo da Cunha, relator de um habeas corpus ingressado pelo suspeito contra a sua prisão, ocorrida no dia 2 de abril de 2024. Nos autos, a defesa do suposto criminoso alegou que os crimes atribuídos ao “limpador de piscinas” ocorreram há algum tempo, não existindo a contemporaneidade para manutenção da prisão.

No voto, entretanto, o desembargador Paulo da Cunha apontou que Jean Marcel é um importante membro de uma organização criminosa  responsável pela “guarda de valores e pagamento de despesas, além do suposto envolvimento dos crimes de estelionato em plataformas digitais”. Segundo Paulo da Cunha, o “limpador de piscinas” também estaria por trás de golpes na plataforma de negócios online “OLX” em Cuiabá e movimentou R$ 6 milhões.

Na leitura do voto, Paulo da Cunha também revelou que Jean pertence ao mesmo núcleo do organização do qual também faria parte Paulo Winter Farias Paelo, conhecido como “WT”, apontado como “tesoureiro” da organização criminosa. Ele foi preso em Maceió (AL) no fim de março de 2024 enquanto acompanhava um torneio de futebol na Capital Alagoana.

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WT é apontado como dono de um time de futebol de várzea em Cuiabá (Amigos do WT), que de acordo com o desembargador Paulo da Cunha é suspeito de destinar valores obtidos em campeonatos amadores ao “caixa” da organização criminosa. No julgamento desta terça-feira, inclusive, Paulo da Cunha revelou que a organização está “prospectando” novos negócios, “investindo” até mesmo em peões de rodeios. “O referido time de futebol é considerado uma extensão da organização , sendo parte dos valores arrecadados destinados aos caixas da orcrim, bem como aduz que a agremiação passou a patrocinar peões de rodeio”, revelou o desembargador.

A operação “Last Flight” foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em 20 de fevereiro de 2024 tendo como principal alvo Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco”, apontado como “vice-liderança” do Comando Vermelho em Mato Grosso. Segundo o Gaeco, os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso e São José dos Quatro Marcos no Estado de Mato Grosso. As diligências também ocorreram em Campo Grande (MS), Ananindeua (PA) e Catanduvas (PR).

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