POLÍCIA

TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE: Fantástico mostra mudança da cena do crime e cobra motivo para jovem matar amiga dentro de mansão.

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Após os laudos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) apontarem divergência entre o estudo da cena do crime e a versão do crime contada pela adolescente que alega ter atirado acidentalmente na amiga Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no dia 12 julho em um mansão no condomínio Alphaville 1, em Cuiabá, a família passou a questionar o motivo do assassinato. Em entrevista ao Programa Fantástico, da Rede Globo, o advogado Hélio Nishiyama, que representa a família de Isabele, afirmou que ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o caso.

 

"A principal delas é: por que houve o disparo? Por que Isabele foi morta?", questionou o advogado, ao colocar que a família da adolescente descartou a hipótese dela ter sido morta por um disparo acidental dado pela melhor amiga. 

 

                                                           

 

A explicação para a pergunta do advogado poderia estar nos celulares apreendidos logo após o crime. Contudo, eles não apontam nenhuma divergência entre a adolescente que efetuou o disparo e Isabele Ramos.

 

Na semana passada, a perícia revelou que o disparo que atingiu a adolescente foi efetuado em linha reta, entre 20 e 30 cm da garota e a pessoa que atirou estaria dentro do banheiro, de frente para a vítima. Além disso, o tiro foi disparado a uma altura de 1,44 metro do chão.

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“Houve uma entrada muito retilínea do tiro, o que indica que houve um disparo a curta distância e com apontamento da arma direcionada para o rosto da vítima”, disse o perito.

 

Argumento que é contestado pelo advogado de defesa da família do empresário Marcelo Cestari, dono da casa onde Isabele morreu. Ulisses Rabaneda diz que a altura do chão até o ombro da adolescente que teria feito o disparo daria 1,38 metro. “Ou seja, a bala teria que ter feito um movimento ascendente e não reto”, afirmou o advogado, que pedirá uma perícia complementar para analisar os fatos colhidos na cena do crime.

 

De acordo com a versão contada pela filha do empresário, após a saída do namorado da casa dela, ela pegou as armas para guardar e percebeu que a amiga estava no banheiro do closet. Ela então chamou pela amiga, mas não obteve resposta. Ao tentar bater na porta, as armas caíram e quando ela pega para guardar no estojo novamente, uma dela disparou e atingiu Isabele.

 

A menor disse que o disparo ocorreu quando ela estava na porta do banheiro. Contudo, o laudo diz que ela estava dentro do banheiro, de frente para a vítima, que caiu logo após ser atingida.

As armas em questão pertenciam ao pai do namorado da adolescente que teria disparado o objeto. Ele as levou para mostrar ao sogro. No entanto, na hora ir embora, por medo de ser pego em uma blitz, pediu para que o armamento ficasse guardado na residência do empresário. Em depoimento à polícia, ele diz que as armas estavam carregadas.

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Uma perícia feita no celular do adolescente mostra uma conversa entre ele e o irmão mais velho. O irmão pergunta se a arma estava carregada e ele responde: “estava no carregador, mas não na câmara”.

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Ainda segundo o advogado de defesa da família de Isabele, todos os resultados das perícias apontam para um homicídio. “Os laudos são muito contundentes em comprovar cientificamente que o disparo não foi acidental, que a Isabele foi assassinada naquela casa, naquela data”. 

 

CENA DO CRIME

 

O Fantástico também citou trecho do laudo que apontou alteração na cena do crime. Essas mudanças, segundo o documento, atrapalham a avaliação da posição do atirador no banheiro.

 

"O perito considera que houveum isolamento parcial do local, com a presença de terceiros na sala da residência; e que não apresentava presenvação satisfatória no momento da chegada da equipe", diz trecho do laudo que destacou ainda que o fato da arma ter sido retirada do banheiro também atrapalha o trabalho da perícia. "O local em que o estojo do disparo se encontrava prejudica a avaliação da posição do atirador", conclui.

Fonte: FOLHA MAX

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