POLÍCIA

UFMT sugere construção de viaduto no Portão do Inferno

Publicado em

Relatório técnico produzido por geógrafo, geólogo, engenheiro civil e de segurança do trabalho, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apresenta a opção do viaduto sobre o portão inferno como a melhor forma de intervenção para solucionar a queda dos blocos, ao invés da proposta do retaludamento do governo do Estado. O documento também apresenta procedimentos de segurança realizados inadequadamente na MT-251 entre a Salgadeira e a curva da Mata Fria.

Segundo o geólogo e professor da UFMT, Caiubi Emanuel Souza Kuhn, o estudo em decorrência dos processos de quedas de blocos, entre o km 42 e o km 48, considera a avaliação de riscos e a capacidade de fluxo e carga. “A opção do viaduto sobre o portão inferno representa o menor impacto ambiental e social, permitindo que o fluxo de veículos continue normalmente na via. As rochas, que compõem o fundo do vale do Portão do Inferno, possuem capacidade para suportar eventuais fundações da estrutura do viaduto. Porém, pode ser que esta opção de intervenção possua um custo mais elevado e maior tempo de conclusão da obra em comparação com a previsão inicialmente para o retaludamento”.

Leia Também:  Menor que estava desaparecida há 4 dias é localizada em uma caminhonete na avenida Brasil, um maior de idade que estava com a menor foi preso

O estudo revela que a proposta de retaludamento apresenta problemas. “Dificilmente será concluída no prazo por conta do volume do material a ser extraído, e também devido às dificuldades para a retirada do material. As informações utilizadas pelo Estado sobre as rochas são da Furnas, unidade geológica diferente, pois a rocha existente na margem da rodovia é da unidade geológica de formação Butucatu, então não existe informações adequadas para usar de referência”.

Segundo Kuhn, a proposta do retaludamento tem impacto social negativo devido à interdição da via, e impacto ambiental maior por causa do volume extraído. E as dificuldades técnicas podem tornar mais cara que o custo inicial. “Não adianta insistir numa proposta que vai ter impacto negativo para a população e ao meio ambiente. A solução é resolver o problema com mínimo de impacto possível. As opções de intervenção via túnel e viaduto, podem ser desenvolvidas sem interdição total da via. O túnel apresenta dificuldade técnica por causa do maciço geológico e risco de quedas de blocos na entrada e saída do túnel. Já o viaduto não apresenta esses problemas e é considerado a opção mais viável”.

Leia Também:  Usuário de tornozeleira eletrônica é detido após tentar fugir da Polícia, descumprindo decisão judicial

COMENTE ABAIXO:
Anúncio

Lucas do Rio Verde

MAIS LIDAS DA SEMANA