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Política

MT extrapola gastos com folha salarial e descumpre acordo que refinanciou dívidas com a União

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Mato Grosso é um dos 11 estados que terão de restituir saldo ao Governo Federal por descumprir as contrapartidas fixadas em acordo que refinanciou as dívidas que os entes têm com a União. O alerta foi feito pela Secretaria do Tesouro Nacional, nesta segunda-feira (24), ao informar que o Estado extrapolou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com pessoal em 2019. Contudo, em razão da vigência da Lei Complementar 173 – que estabelece o programa de enfrentamento ao coronavírus -, os débitos só precisarão ser quitados a partir do ano que vem.

 

                                                          

 

 

Conforme o Tesouro, no ano passado nove estados estouraram o limite da LRF de 60% da receita corrente líquida em gastos com pessoal, incluindo ativos a aposentados. Os dados constam no Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais.
 

 

Vale destacar que o levantamento do Tesouro Nacional diverge da apuração que é realizada pelos Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s). No entendimento do TCE de Mato Grosso, por exemplo, o Estado – apesar de também ter ficado acima do limite prudencial da LRF – gastou 57% de sua Receita Corrente Líquida (RCL) no ano passado. Pela lei fiscal, os governos estaduais não podem gastar mais do que 49% de suas receitas com a folha de pagamento.
 

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As despesas são usadas para avaliar o cumprimento ou não da PEC do Teto dos Gastos, uma emenda constitucional que congelou os gastos públicos em Mato Grosso para que o Estado pudesse alongar dívidas com a União.
 

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Levando em conta as recomendações do Programa de Ajuste Fiscal (PAF) do Governo Federal, Mato Grosso ultrapassou em 62,6% a LRF. Segundo o Tesouro, os estados com graves problemas de expansão dos gastos com a folha de salários dos servidores teriam economizado R$ 35,5 bilhões em 2019 caso tivessem adotados medidas de controle já previstas na legislação.
 

 

Em 2016, ao renegociar sua dívida com a União (com suspensão no pagamento) os estados deveriam, em contrapartida, conter as suas despesas primárias correntes "de modo a reequilibrar as suas contas públicas". A restrição valia para os anos de 2018 e 2019.
 

 

Mesmo sem dar a Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores do Estado e nem os aumentos de carreira – como no caso dos servidores da Educação – a folha de pagamento durante o primeiro ano da gestão de Mauro Mendes (DEM) subiu quase R$ 1 bilhão, segundo os dados do Portal Transparência do governo.
 

 

Segundo os dados, o Governo só reduziu 0,01% do total de gastos. Este grupo de despesas inclui salários, pensões, vantagens, indenizações e outros pagamentos registrados na folha de pagamento dos servidores públicos de Mato Grosso.
 

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Além de Mato Grosso, Acre, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe terão de restituir saldo ao Governo Federal pelo descumprimento do acordo.
 

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"Contudo, com a publicação da Lei Complementar 173, de 27 de maio de 2020, esses valores, assim como a parte ordinária do serviço da dívida, não precisarão ser efetivamente pagos até dezembro de 2020. A partir de janeiro de 2021, quando cessam os efeitos da LC 173/2020, os valores serão cobrados normalmente. Já os valores não pagos ao longo de 2020 serão incorporados ao saldo devedor dos contratos em janeiro de 2022", explicou o Tesouro.
 

 

Por conta do estouro, além de restituir a União, Mato Grosso seguirá impedido de conceder vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração, salvo por sentença judicial ou de determinação legal ou contratual; criar cargo, emprego ou função; alterar a estrutura de carreira que implique aumento de despesa; fazer admissão ou contratação de pessoal, a não ser em caso de aposentadoria ou morte de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; contratar hora extra, exceto em caso de urgência e interesse público relevante.
 

 

Procurada, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) disse que iria se manifestar em breve sobre o assunto, via assessoria de imprensa.

Fonte: OLHAR DIRETO

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Lucas do Rio Verde

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