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Política

Polícia indicia homem por feminicídio e ocultação de cadáver dois anos após sumiço de adolescente em Nova Ponte

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O suspeito de participação no sumiço da adolescente Kailane Gabriele Santos Silva foi indiciado por feminícidio qualificado e ocultação de cadáver. Um novo inquérito, depois de novas investigações solicitadas, foi remetido à Justiça.

A adolescente desapareceu em 2018 quando tinha 14 anos. Familiares disseram que ela saiu de casa dizendo que iria à academia e depois passaria o fim de semana na casa dos tios, como era o de costume. Porém, não foi mais vista.

O homem de 35 anos na época – com o qual ela mantinha relacionamento – chegou a ser preso, mas foi solto. A família segue sem notícias da menina. Segundo a polícia, apenas ele sabe do paradeiro do corpo, mas nada foi encontrado.

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira (5) novos detalhes da investigação, como mensagens de aplicativo que comprometem o suspeito e a possibilidade de que ela estivesse grávida.

Apesar de anteriormente o inquérito já ter sido concluído, a Justiça pediu mais investigações da polícia. Agora, a corporação revelou que existem ainda vários elementos comprobatórios nos autos, que não serão divulgados por segredo de Justiça, que indicam que ele sabe onde está o cadáver.

“Porém, após primeiras declarações, ele se negou a responder quaisquer informações nesse sentido, inviabilizando adequada coleta de elementos de convicção de cunho subjetivo que somente ele pode revelar”, afirmou a corporação.

Investigações

Polícia Civil de Nova Ponte participou das investigações — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia Civil de Nova Ponte participou das investigações — Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

Aplicativo de celular

Segundo a polícia, nas primeiras declarações, o homem afirmou que conhecia a menor há pouco tempo e negou saber que ela poderia estar grávida. E que após ficar sabendo de desaparecimento dela, teria entrado em contato.

“Após autorização judicial, foram constatadas em um aplicativo de mensagens no celular do suspeito várias conversas (apagadas) demonstrando que ele seria fascinado pela adolescente e que estaria conversando sobre a gravidez dela, demonstrando que ambos trocavam mensagens por várias vezes, durante todo o dia, e após o desaparecimento, o suspeito sequer enviou mensagens, a não ser a única que ele não havia apagado”.

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Depoimentos

Ainda segundo a Polícia Civil, após depoimentos de várias pessoas, foi descoberto que o suspeito relatou a uma testemunha que a adolescente havia dormido na casa dele e que outra testemunha confirmou que avistou o veículo do homem ligado e ainda com faróis acesos.

Gravidez

Segundo o inquérito, testemunhas ainda confirmaram que a adolescente estaria grávida, o que foi confirmado por ela à época e pelo suspeito.

Desaparecida em 2018

 

Kailane foi vista pela última vez pela mãe, Ana Paula Santos. De acordo com ela, a filha saiu de casa dizendo que iria à academia e depois passaria o fim de semana na casa dos tios.

No inquérito inicial concluído pela Polícia Civil e enviado ao poder judiciário no ano passado, um homem que mantinha relações com a adolescente chegou a ser indiciado por homicídio quando o caso completou um ano. Ele foi solto.

Perícia e DNA

À época, uma peça de roupa suja de sangue e outros objetos que poderiam ser da garota foram encontrados e periciados, mas o resultado foi inconclusivo. Ainda em 2018, três pessoas chegaram a ser presas por suspeita de envolvimento no caso, mas foram liberadas.

Impasse

O inquérito foi fechado ainda no ano passado. Apesar de o corpo não ter sido encontrado, a polícia encaminhou o inquérito ao MPE, que direcionou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

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No dia 6 de setembro de 2019, o TJMG devolveu à polícia científica o inquérito e pediu mais investigações por considerar que o caso do desaparecimento é complexo.

FONTE : G1 Triângulo e Alto Paranaíba

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