Na última segunda-feira (20), o vereador Márcio Albieri (PSD) usou parte do seu tempo na Tribuna para falar novamente sobre a situação da gestante que perdeu o bebê por ausência de médico especialista no Hospital São Lucas. O caso aconteceu no início do mês de maio. Essa é a oitava semana consecutiva que o vereador cobra respostas.
A Fundação Luverdense de Saúde, responsável pela gestão e administração do Hospital São Lucas em Lucas do Rio Verde, protocolou na Câmara Municipal um ofício sobre o ocorrido com a gestante de cinco meses que compareceu à unidade hospitalar com dores, mas não foi atendida pelo especialista que recebe para ficar de sobreaviso em casa e é acionado pelo clínico geral em casos como esse. Na situação em questão, mesmo após a chamada do cínico geral que examinou a paciente, o especialista não compareceu. A gestante acabou perdendo o bebê horas depois. O documento foi apresentado aos parlamentares minutos antes da Sessão Ordinária, e foi respondido por Albieri em Tribuna.
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“Eu quero comentar aqui sobre o ofício encaminhado pela Fundação Luverdense de Saúde, ofício 142. Eu respeito totalmente o Código de Ética dos médicos, respeito o Conselho de Ética do Hospital São Lucas, respeito minha amiga Ivanilde, diretora executiva, mas eu não vou parar de falar desse assunto até a gente ter uma resposta do que aconteceu. É só isso”, disse o parlamentar.
No documento em questão, protocolado pela Fundação na Casa de Leis, a diretoria do HSL cita o código de ética dos médicos e da instituição, e afirma que abrirá o acesso aos documentos somente via Poder Judiciário. O posicionamento da instituição foi rebatido pelo vereador.
“Nós somos o Poder Legislativo, temos a obrigação e o dever de fiscalizar, ainda mais tendo dinheiro público lá, que não é pouco! Eu vou apresentar um requerimento na próxima semana, vamos solicitar oficialmente essa documentação […] o Poder Legislativo, por Lei, também tem direito a receber esses documentos”, disse.
O vereador ainda enfatizou que não está agindo contra o Hospital, o qual fez parte do Conselho por cerca de oito anos, mas que a sociedade espera um pronunciamento com a resolução do caso.
“Eu quero o bem do Hospital e dos profissionais que estão lá, mas nós precisamos entender o que aconteceu. Eu falo isso para o bem da instituição. Se teve algum culpado tem que ser responsabilizado. Nós temos que descobrir o que aconteceu e tomar providências para que isso nunca mais ocorra, é isso que a sociedade espera”, concluiu.
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