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SAÚDE

FACADAS NO POSTINHO: Assassino tinha indicação de internação em hospital psiquiátrico

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A secretária de Saúde de Primavera do Leste, Laura Alberto Basílio, se manifestou sobre a tragédia que aconteceu na última quinta (25) na unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF). Ela explicou que o assassino já tinha uma indicação médica para internação em um hospital psiquiátrico.

 

 

Laura negou que o caso tenha sido motivado por um suposto “mau atendimento” e disse que os médicos já haviam alertado a família sobre um possível quadro de surto psicótico.

 

 

A médica Jaqueline da Croce e a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira foram esfaqueadas na unidade de saúde por um homem em surto, já diagnosticado com transtorno mental. Regy não resistiu aos ferimentos e Jaqueline segue internada.

 

 

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A secretária desmentiu os boatos de que o paciente teria sido mal tratado na unidade. “Trata-se de um problema de saúde pública. Um paciente o qual tinha um diagnóstico de transtorno mental”.

 

 

Segundo ela, o paciente realizava o acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), porém tinha baixa adesão ao tratamento e não utilizava a medicação corretamente.

 

 

No mês de julho o homem foi atendido por Jaqueline e recebeu uma receita para 60 dias de medicação. Um dia antes da tragédia, ele foi até a unidade para marcar o retorno, que foi agendado para a sexta-feira (27).

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“Não houve nenhuma queixa por parte do paciente, não houve mau atendimento, não houve reclamação”, afirmou a secretária.

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Histórico do paciente

 

 

Conforme a secretária, o primeiro atendimento do paciente pela Caps foi registrado em 2020 e contou com psicólogos, assistentes sociais e médicos. Depois disso ele teria ficado cerca de um ano sem retornar à unidade.

 

 

“Ele tinha uma baixa adesão aos medicamentos e toda a terapia ofertada por aquela unidade”.

 

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Em maio deste ano a mãe dele procurou a unidade pedindo ajuda para a internação.

 

 

“O médico fez toda a orientação à família a respeito, inclusive, da possibilidade de surto psicótico. Que a mesma deveria chamar o Samu caso isso acontecesse e mais uma vez trocou a medicação e pediu a vigilância da família”, afirmou.

 

 

Dois meses depois a mulher retornou alegando que o filho não apresentou melhoras. O médico solicitou a internação dele no Hospital Psiquiátrico Paulo de Tarso. No mesmo mês a central conseguiu uma vaga para o rapaz, mas ele nunca foi internado.

 

 

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Na Unidade de Pronto Atendimento a mãe teria sido orientada por uma assistente social para, assim que estivesse com o filho, acionar o Samu, que possui equipe especializada para o procedimento de translado.

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“Em contato com a coordenação local e também com a coordenação estadual não houve chamamento dessa equipe”.

 

 

Laura afirmou que nos últimos três meses a Secretaria de Saúde, por meio do Samu, atendeu mais de 50 pacientes em surto psicótico e sempre que acionados estão a postos para realizar o atendimento.

 

 

Ela explica que o tratamento psiquiátrico é de responsabilidade do município e do Estado, mas que a família deve estar envolvida no acompanhamento e monitoramento dele.

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“Esse fato poderia ter ocorrido não só em um posto de saúde, mas em qualquer outro lugar, na rua, escola ou até mesmo no ambiente familiar”.

 

 

Ela aproveitou para lamentar a fatalidade e salientar o profissionalismo de ambas as profissionais. Jaqueline atua na unidade há 7 anos, e Regy há 15.

 

 

“São servidoras excelentes, assim como toda a equipe, que foi premiada como melhores do ano um programa da Secretaria de Saúde”.

 

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A unidade permanecerá fechada esta semana para acompanhamento dos servidores, que ainda estão muito abalados com o caso.

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