SAÚDE

FALTA DE COMPAIXÃO: Secretário detona médicos de MT que gravam vídeos banalizando pandemia

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O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, revelou nesta terça-feira (16), que têm médicos banalizando a situação a pandêmica no Estado. Em entrevista virtual a imprensa, Figueiredo declarou que alguns profissionais já chegaram a gravar vídeos dizendo que a pandemia da Covid-19 seria algo “inventado”.

“Tem uma boa parte da população que acredita que a pandemia não é verdade porque vai na onda de alguns depoimentos. Aqui em Mato Grosso, pasmem, tem médicos que atuam dentro dos hospitais de referência gravando vídeo dizendo que essa pandemia é algo inventado por interesse comercial ou político de alguém. Será que as 223 mortes é algo inventado?”, criticou.

Segundo o chefe da Saúde, esse tipo de atitude só incentiva um comportamento errado para população. “Esses dias eu fui no supermercado e tinham cinco pessoas da mesma família, sem necessidade nenhuma. Eu confesso que me sinto impotente as vezes para fazer que as pessoas entendam o momento sério. Não tem um dia que eu tenho traduzido um cenário otimista. Só fazer crítica a prefeito, secretários, governador e presidente não ajuda. Cada um tem que fazer sua parte neste momento”, disse.

Assim como várias entidades e políticos da área da saúde, Figueiredo reagiu também à fala do presidente do Jair Bolsonaro (sem partido), que orientou a população a entrar nos hospitais públicos ou de campanha que tratam da Covid-19 para filmar as instalações para constatar se há leitos desocupados. Ao apontar o alto risco de contaminação, o gestor estadual disse que as pessoas que seguirem a recomendação de Bolsonaro em Mato Grosso serão presas. “Isso não vai ocorrer nos hospitais de gestão do Governo do Estado de Mato Grosso. Quem quiser ou forçar fazer isso vai ser preso, tem lei que proíbe e é para segurança das pessoas. Não é permitido visitas nem para os familiares de pacientes com Covid nos hospitais, muito menos a entrada de pessoas que venham a fazer esse tipo de invasão”, disparou.

Durante a transmissão, o chefe da Saúde esclareceu ainda alguns pontos da reunião realizada com o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que citou a distribuição de um “Kit Covid” para a população. O assunto gerou especulações após a divulgação do trecho da discussão onde o chefe do Executivo Municipal comenta o fornecimento dos medicamentos para tratar os pacientes com a doença.

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Gilberto, contudo, descartou a possibilidade e enfatizou que Estado e município apenas avaliam a implantação de um Protocolo Terapêutico para tratar os pacientes com Covid-19 . “Primeiro que isso não é verdade. Nós decidimos ontem que um grupo de médicos indicado pelas prefeituras sentasse numa mesa para discutir um protocolo terapêutico para evitar que os casos de Covid chegassem tão grave nos hospitais. Isso não significa que vamos distribuir os medicamentos a ‘rolê’ no Estado. Cabe ao médico passar a medicação ou não. Mesmo com um protocolo, está descartada a distribuição de pacotinho de remédio, até mesmo porque eu não vou me responsabilizar por pessoas que venham a sofrer com os efeitos colaterais”, disparou.

Por fim, Figueiredo disse que espera que os enfrentamentos políticos entre o Estado e município não voltem a atrapalhar a resolução de problemas na Saúde, principalmente em meio a pandemia. “Eu sempre defendi que a harmonia tem que ir em direção da população. Outros interesses nesse momento não ajudam. A reunião foi bastante resolutiva. Espero que para tratar do Covid não haja mais rusgas políticas que possam comprometer o atendimento a sociedade”, finalizou.

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TEXTO: FOLHA MAX

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