Após acessar conteúdos pessoais no celular de uma ex-namorada, um empresário recebeu uma condenação definitiva pela 18ª câmara Cível do TJ/MG. Como resultado, o homem deve pagar uma indenização de R$ 10 mil por danos morais à vítima. O usuário acessou o smartphone da mulher com o intuito de conferir os aplicativos WhatsApp e Instagram, se passando pela dona em alguns momentos.
Segundo a mulher, o ex-namorado sabia a sua senha e usou uma desculpa que pegaria o aparelho para fazer a manutenção na bateria. A partir daí, o invasor acessou o WhatsApp e começou a interagir com uma terceira pessoa se passando pela vítima. Além disso, o homem fez ofensas a ex-parceira usando as mensagens como motivo.
Por causa disso, ela entrou com uma ação pleiteando indenização por danos morais. Portanto, o juiz José Márcio Parreira aceitou a acusação de invasão de privacidade e definiu o valor de R$ 10 mil a ser pago pelo réu à ex-namorada.
Não houve contestação por parte do indivíduo das alegações de usar o aplicativo de mensagens sem o consentimento da dona. Ele disse que o intuito era de descobrir um relacionamento extraconjugal. Contudo, o ex-namorado negou ter usado de artimanha para ter acesso ao celular, já que a senha havia sido compartilhada previamente.
O ex-casal teve um relacionamento de cerca de quatro meses, rompido devido o comportamento abusivo e tóxico do empresário.
Justiça não concordou com argumento do réu
Segundo o juiz José Márcio Parreira, “a questão atinente à utilização pelo réu do celular da autora para envio de mensagens a terceiros com intuito de identificar suposta traição foge do contexto particular do casal e leva o imbróglio a terceiros. Nessa ordem de ideias, o ato ilícito é caracterizado pelo desrespeito à privacidade e intimidade da autora, sendo incontrastáveis os efeitos deletérios à dignidade de sua pessoa humana decorrentes da situação vivenciada”.
Sendo assim, mesmo que o profissional tenha usado do argumento de que a vítima tinha oferecido a senha de livre e espontânea vontade, o crime, em si, foi definido pela invasão aos aplicativos.
Para o desembargador Arnaldo Maciel, o fato de o homem ter recorrido à versão de que o smartphone precisava de manutenção foi uma artimanha, pois a mulher não permitia que ele usasse o gadget livremente.
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Por ser uma decisão definitiva, não há mais oportunidades de apelações ou recursos.
O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.
Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.
Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.
Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.
Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.
O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.