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AGRONEGÓCIO

Acrimat: Suspensão nas exportações para a China pode baixar preço da carne

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A suspensão da exportação de carne bovina para a China, provocada em razão da identificação de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) em frigoríficos de Mato Grosso e Minas Gerais, chamados de “vaca louca”, pode provocar uma queda temporária nos preços da carne no Brasil.

De acordo com o diretor-técnico da Acrimat, Francisco Manzi, a possibilidade se dá em razão de um aumento de oferta no mercado interno, caso a suspensão permaneça por um longo período de tempo. A expectativa, no entanto, é que a interrupção na exportação para a China não ultrapasse 15 dias.

Manzi lembra que, em 2019, Mato Grosso também registrou um caso de EEB, quando também houve suspensão das exportações. Naquela ocasião, a interrupção foi de apenas 10 dias.

O diretor destaca que, atualmente, 75% da carne produzida no Brasil fica no país, enquanto apenas 25% é exportada. Além disso, observa que a suspensão da exportação se deu em razão de um acordo do Brasil com a China, de que, em caso de suspeita, o país pausaria o envio do alimento. Entretanto, não há impedimentos para que essa mesma carne seja vendida para outro país.

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“O que vai acontecer, nós não temos como precisar. É possível que, pela maior oferta, a carne caia em algum momento, temporariamente. Quanto tempo vai durar, depende muito mais da China do que da gente. Como a gente acredita que isso é uma coisa comum, e demonstra muita transparência, a gente acredita que dessa vez dure menos tempo [a suspensão]”, diz.

Manzi ainda explica que o impacto no valor da carne depende da situação em que estão os produtos. Ele questiona, por exemplo, se as carnes estão em contêineres e vão retornar para o país, ou se vão continuar armazenadas. “Temos que aguardar para ver o que vai acontecer”, afirma.

Apesar da repercussão, o diretor da Acrimat também destaca que há a probabilidade de que novos casos de EEB sejam identificados, também em Mato Grosso. Isso porque, segundo ele destaca, trata-se de uma doença em decorrência da idade avançada dos animais, que estão com idade produtiva cada vez maior.

“Esse animal [com EEB], especificamente, jamais iria para a China, por exemplo, porque são animais de até 30 meses de idade que a China importa e essa já era uma vaca, com certeza, com seus 13, 15 anos no mínimo. Nesse caso, a vaca só é abatida, o material é destruído e vida que segue”, explica.

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Ele ainda pondera que, no caso do estado, Mato Grosso abate mais de cinco milhões de cabeças por ano, e tem um rebanho calculado em mais de 30 milhões, de forma que é possível que, em determinado momento, novos animais sejam identificados com a doença. Entretanto, até o momento, segundo ele, foram apenas cinco casos em 23 anos.

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Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Belincanta, porém, o melhor seria segurar o abate de animais por alguns dias para “não inundar de carne o mercado”. Dessa forma, não haveria queda no preço do produto para os consumidores brasileiros.

Belincanta também criticou a repercussão do caso, destacando que era apenas uma suspeita e que, agora, o “alarde” deve gerar prejuízos ao setor.

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AGRONEGÓCIO

AGU recorre ao STF para derrubar desoneração de 17 setores da economia

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Expofrísia
Pavilhão de Exposições Frísia, Parque Histórico de Carambeí/PR. | Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Nem só de boi e plantas vive o homem do campo, e ele já entendeu isso. Nas feiras agropecuárias realizadas durante o ano pelo Brasil, é visível que o assunto tecnologia tem ‘cadeira cativa’ na programação, como uma importante ferramenta para a viabilização e sucesso do negócio rural. Não é diferente na ExpoFrísia 2024, feira que acontece em Carambeí/PR, município da Região dos Campos Gerais (a duas horas da capital Curitiba). Desde a última edição, o tradicional evento leiteiro de uma das mais produtivas bacias do Brasil, deu as mãos à Digital Agro, um evento de tecnologia aplicada ao setor, que acontece simultaneamente no mesmo local.

Grande parte da programação da feira, de 25 a 27 de abril, está dedicada para a agrotecnologia, o que é compreensível, já que ela impacta positivamente e de maneira visível e crescente nos resultados do setor. Nos últimos anos e muito rapidamente sua atuação ultrapassou ambientes pontuais da fazenda como manejo de lavoura, sementes e animais, atingindo a gestão do negócio, negociação e comercialização do produto.

O coordenador de eventos e cooperativismo da Frísia, Luciano Tonon, destaca a importância da sinergia entre os eventos: “tanto o agricultor quanto o pecuarista, de certa forma, têm desafios compartilhados. Assim a ExpoFrísia, com a arena Digital Agro, amplia o número de empresas expositoras em benefício da produtividade e desenvolvimento sustentável da cadeia do agro, em um mesmo ambiente”.

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Amargando uma crise ocasionada pelo crescimento na importação de lácteos, os desafios não tem faltado para a cadeia leiteira. Para este setor, a Exposição traz uma trilha personalizada, cujo objetivo é implantar técnicas na propriedade tais como manejo hídrico, treinamento de pessoas, utilização de dejetos e análise do uso de energia na pecuária.

Projeções da AgGateway (embrapa.br) indicam que até 2028 o mercado global de agricultura digital atingirá US$ 22,1 bilhões em termos de receita, numa agenda que é também social e ambiental. O documento Visão de Futuro da Embrapa, que identifica as oito megatendências da agropecuária brasileira, traz o agrodigital e a sua transversalidade com todas as outras, em especial: integração de conhecimento e de tecnologia, sustentabilidade e adaptação à mudança do clima, vinculadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODS).

A arena Digital Agro vai mostrar na prática novidades sobre internet das coisas, inteligência artificial, uso de drones, ESG e alimentos do futuro, entre outros. Também haverá um hub de inovação (ambiente para o desenvolvimento de soluções) com parcerias estratégicas, além do projeto de Smart Farming, modelo de agricultura inteligente, da Fundação ABC.

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Gestão hídrica, conforto térmico para os animais – outro ponto que afetou o desempenho da cadeia leiteira, genoma bovino e principais usos de forrageiras são temas em destaque na feira. A programação geral inclui também exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade.

E se o interesse é sustentabilidade, na Exposição você vai encontrar uso de dejetos como fertilizante orgânico no solo, aplicação de energias renováveis, políticas públicas do carbono, rastreabilidade da cadeia de produção, entre outros. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Serviço

17ª ExpoFrísia e 7º Digital Agro
Data: 25 a 27 de abril
Horário: Quinta: 9h às 21h / Sexta: 9h às 21h / Sábado: 10h às 18h
Local: Pavilhão de Exposições Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí. Avenida dos Pioneiros, 4.050 – Carambeí (PR)

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Entrada gratuita
Inscrição em: expofrisia.com.br

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