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CIDADES

Menor apresenta atestados para participar de reconstituição de crime

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A adolescente de 14 anos, acusada de efetuar o disparo que matou a amiga, Isabele Guimarães Ramos, foi diagnosticada com reação aguda ao estresse, conforme consta em atestado médico assinado na segunda-feira (17). Por conta do laudo, ela poderá se ausentar da reconstituição da tragédia.

 

Assinado pela psiquiatra Ana Cristina Gonçalves, a menor não tem condições físicas e nem psicológicas para participar da reconstituição, tampouco voltar para sua residência no condomínio Alphaville, onde ocorreu o disparo.

 

Fora o abalo, a adolescente também está passando por crises de choro, redução do apetite, náuseas, mal estar físico e cansaço. Além de não retornar para a casa, ela também não está frequentando as aulas, que estão ocorrendo por Ensino a Distância (EaD).

 

“Paciente vivenciou situação onde uma amiga veio a falecer por acidente com arma de fogo, tendo o evento ocorrido em sua residência. No dia do acontecido diz que teve sensação de sufocamento, como se sentisse apertada, não conseguia respirar, só chorava”, detalha.

Nas semanas seguintes, a mesma sensação de sufocamento e angústia se repetiram, por conta das lembranças da tragédia. A menor recebeu diagnostico de Reação Aguda ao Estresse, pelo fato dos sintomas estarem presentes há menos de 30 dias após o disparo.

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“Tendo em vista tratar-se de uma adolescente, com o cérebro ainda em desenvolvimento, eventos estressores de grande impacto como o ocorrido podem contribuir aumentando os riscos para o desenvolvimento de transtornos mentais e comportamentais como Transtorno de Estresse PósTraumático, Transtorno de Ansiedade Generalizada ou Transtorno Depressivo”.

O atestado e um relatório psicológico foram solicitados pelo advogado da família da menor, Ulisses Rabaneda. Conforme o relatório de 5 páginas, assinado pela psicóloga Hélia Lima Parente, a adolescente iniciou tratamento de 5 sessões, de aproximadamente 1 hora.

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Durante as consultas, a mãe da menor, Gaby Cestari, contou que a filha apresentava vômitos, falta de ar, batimento cardíaco acelerado, medo, sono perturbado e crises de choro. Após as sessões, foi observado sintomas de ansiedade e estresse.

“Em atendimentos com a adolescente, foi observado introversão, com dificuldades de falar sobre os fatos ocorridos, visto que esses promovem sofrimento, porém, conseguiu relatar suas emoções. Quando entrevistada sobre seu estado emocional em seu dia-adia, após a ocorrência dos fatos, foi possível observar sintomas de ansiedade e estresse”, diz trecho do relatório.

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Além disso, o relatório ainda aponta que ela tem a preocupação de que “algo terrível ainda possa acontecer”. Ela também apresentou dificuldades de lembrar-se de detalhes do dia em que Isabele morreu.

Os pais da menor têm se esforçado para que ela volte a estudar, já que também perdeu interesse por outras atividades.

 

“Relatam que a mesma está introvertida, evitando conversas, lugares e estímulos que lembram o fato ocorrido, devido ao sofrimento psicológico e físico que apresenta motivo pelo qual ainda não voltaram para sua residência.

 

Em relação a demanda que motivou essa avaliação, os pais demonstram preocupação com a saúde da filha, se exposta a reconstituição simulada dos fatos, assim como, a qualidade do resultado da mesma”.

 

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Fonte: GAZETA DIGITAL

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