ECONOMIA

Sem apoio de caminhoneiros, bolsonaristas pedem greve geral na segunda

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Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro, gravou vídeo para afastar a categoria dos protestos
Reprodução/Facebook
Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro, gravou vídeo para afastar a categoria dos protestos

Em protesto há mais de uma semana, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) convocaram por meio do WhatsApp uma “greve geral” para esta segunda-feira (7). Os golpistas pedem a adesão de empresários, mas não conseguem angariar apoio de diversos setores, como o dos caminhoneiros, por exemplo. 

Veja o post divulgado no WhatsApp e no Telegram: 

Segundo as mensagens, a organização estaria sendo feita pelo MNRC (Movimento Nacional de Resistência Civil), grupo que pede a impugnação das eleições e a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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“Feche sua empresa, indústria, fábrica e comércio e vamos lutar contra a instalação do comunismo”, diz disparo enviado na última semana.

Em vídeo, Wallace Landim, o “Chorão”, uma das principais figuras da greve de caminhoneiros de 2018, diz que alguns integrantes da categoria estão sendo usados como “massa de manobra” nos protestos. 

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“Um grupo intervencionista está trabalhando contra a democracia desse país. O primeiro passo é reconhecer o que deu na urna”, diz Chorão, em referência aos bolsonaristas que contestam o resultado do último domingo (30). 

“Caminhoneiros que estão parados ali, muitos querem trabalhar. Tá parado porque está sendo obrigado”, afirma, reformando: “Não são os caminhoneiros que estão fazendo atos antidemocráticos pelo país.”

Entidades empresariais também repudiam a convocação para parar a Economia do país por motivação eleitoral. 

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e diversas câmaras regionais reiteraram sua posição de repúdio a toda e qualquer prática, por quem quer que seja, de assédio eleitoral, seja por entidades laborais, patronais, empresas ou mesmo por trabalhadores.

A CNI (confederação Nacional da Indústria) afirmou repudiar os protestos. 

Manifestações perdem força

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as manifestações em estradas perderam força após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de liberar o uso da força contra manifestantes. 

Até o momento, o total de manifestações desfeitas chega a 1040. Há ainda, interdições em Blumenau (SC), Vilhena (RO) e duas em Altamira (PA). O número de bloqueios, no entanto, despencou para dois, sendo eles em Palhoça (SC) e Pontes e Lacerda (MT).

A PRF já acabou com mais de mil bloqueios desde o último domingo (30).

A estratégia dos grupos bolsonaristas agora está em se concentrar na frente dos comandos dos Exércitos pedindo “intervenção federal” e “intervenção militar”, o que é inconstitucional.


Fonte: IG ECONOMIA

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