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Em crise, bares e restaurantes demitem 10 mil em Cuiabá; 40% podem não reabrir

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As medidas de isolamento tomadas para evitar a proliferação do novo coronavírus fez com que muitos bares e restaurantes fechassem as portas. Muitos tiveram que se reinventar e adotaram a modalidade delivery.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes em Mato Grosso, Francisco Assis, mesmo com a modalidade delivery, ele passou a faturar 30% menos do que era arrecadado com as portas abertas. “Na minha opinião, este ano está perdido. Não conseguiremos recuperar todo o prejuízo, porque mesmo que voltemos a abrir, as pessoas vão demorar para voltar a freqüentar os lugares”, afirmou.

 

Ainda segundos os representantes do comércio, muitos estabelecimentos estão fechados há mais de 30 dias e já acumula 10 mil demissões. Além disso, 40%, pode não reabrir as portas este ano. “Setor já vinha sentindo esse declínio econômico semanas antes do decreto. Hoje temos 10 mil desempregos, então o poder de compra vai diminuir e é preciso a gente organizar essa retomada”, afirmou Lorena Bezerra, presidente da Abrasel.

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Mesmo com a expectativa de liberação para os bares e restaurante reabrirem em maio, o setor não está otimista quanto a recuperação econômica rápida. “Retomada é lenta. Não significa que vai liberar e as pessoas vão proporcionar a lotação. Até porque, haverá restrições, no máximo 50% das mesas”

 

No início deste mês, o empresário Anesio Kokura decidiu suspender as atividades de café da manhã e restaurante da padaria Moinho, uma das mais tradicionais da cidade. Manteve apenas a padaria funcionando.

 

Ele também teve que rever os contratos com os funcionários. Muitos entraram de férias e outros tiveram que ser demitidos.

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Ainda segundo os representantes do comércio, o movimento caiu em torno de 70% desde que a medidas de isolamento foram anunciadas. “Somente o delivery não é suficiente para suprir toda a demanda”, explicou um empresário, que teve que reduzir número de funcionários e reduzir a jornada e salário de outros.

 

Outra estratégia usada pelos comerciantes é o voucher, que permite que o consumidor compre com descontos e receba depois da quarentena. O dinheiro adiantado está sendo usado para pagar salários dos funcionários. “Todo mundo se ajudando para manter tudo aberto e funcionando”.

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O prefeito Emanuel Pinheiro estabeleceu um cronograma de reabertura do comércio, mas bares e restaurantes deve continuar na modalidade delivery até a segunda quinzena de maio. Proposta que é contestada pela Fecomércio.

TEXTO: LIDIANE MORAES / FOLHAMAX

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