De acordo com o laudo médico, feito por uma psiquiatra, Lumar tem insanidade mental. A médica recomenda que o suspeito seja encaminhado imediatamente para tratamento psiquiátrico vitalício devido aos transtornos.
“O periciando declara ser culpado, conquanto, refere que no dia do crime tinha prejuízo na capacidade do entendimento, onde não conseguia discernir a realidade do delírio.”, diz trecho da perícia.
O transtorno caracteriza-se por episódios repetidos de alterações no humor do paciente, nos quais os níveis de atividade dele ficam perturbados.
A pessoa passa por elevação do humor e aumento de energia e atividade, chamado como mania ou hipomania e, em seguida, sofre sintomas de depressão.
A psiquiatra aponta ainda que os transtornos de Lumar tem relação com as agressões sofridas na infância.
Nas declarações durante o exame, Lumar afirmou à médica que foi agredido verbalmente e fisicamente, principalmente pela mãe dele, durante a infância. Ele disse ainda que, por diversas vezes, a mãe o agrediu durante o banho, batendo a cabeça dele contra a parede, e que ela já chegou a quebrar dois cabos de vassoura no corpo dele.
Lumar também declarou que as ofensas eram muito comuns. A mãe dizia que “ele não era ser humano” e “que ele não prestava”.
Ele também afirmou escutar “vozes do ‘universo” que diziam que ele era uma pessoa escolhida por Deus e tinha “super poderes”. O homem contou que foi demitido do trabalho após muitas alterações de humor e brigas com colegas de serviço.
Lumar disse que estava sob efeito de drogas e não tinha noção do que era realidade e do que era fantasia.
O sobrinho tinha se mudado para Mato Grosso há quatro dias depois de tentar matar a mãe dele em Campinas, São Paulo. O delegado André Ribeiro classificou rapaz como ‘repugnante, monstro e perturbado’.
De acordo com a Polícia Civil, Lumar chegou a Mato Grosso no dia 28 de junho para morar com a tia. No mesmo dia que chegou o rapaz entregou currículos na cidade. A família diz que ele é considerado uma pessoa inteligente e fala duas línguas.
No dia 10 de julho do ano passado ele prestou depoimento na Polícia Civil e, ao sair, afirmou à imprensa que ouviu ‘vozes’ do universo que o orientaram a cometer o crime. Ele confessou o crime e disse não estar arrependido.
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