POLÍCIA

DNA confirma identidade de Pablo, que foi sequestrado, torturado e assassinado após suposto gesto de facção

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O exame de DNA realizado recentemente revelou a verdadeira identidade de Pablo Ronaldo Coelho, um jovem de 24 anos que foi vítima de sequestro, tortura e assassinato em abril, na cidade de Nova Ubiratã, Mato Grosso. Seus restos mortais foram encontrados em um matagal. O corpo será liberado na próxima segunda-feira (09/04) e transportado para Pradópolis, São Paulo, sua cidade natal.

 

Onze criminosos foram acusados ​​pela Polícia Civil por crimes ocultos de sequestro, tortura, assassinato e ocultação do cadáver de Pablo, além de pertencerem a uma organização criminosa. Se condenados, enfrentam penas que variam de 36 a 95 anos de prisão.

 

Os detalhes desses crimes foram desvendados durante uma investigação conduzida pela Delegacia de Nova Ubiratã, e a maioria dos envolvidos foi presa durante a Operação Procusto, que recebeu o nome de um personagem da mitologia grega que simboliza o egoísmo humano e a relativização da vida humana em relação ao próximo.

Ao longo da operação, a Polícia Civil realizou oito prisões preventivas de criminosos que foram identificados como os mandantes e executores do assassinato de Pablo. Após a Operação Procusto e a identificação das condutas dos envolvidos, mais três prisões foram efetuadas na última sexta-feira (07/07).

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Pablo e um amigo estavam em Nova Ubiratã no trabalho, vindos do interior de São Paulo, quando foram sequestrados em um bar local no dia 19 de abril. Ambos foram levados para uma residência, onde foram submetidos a torturas ocultas durante a noite e, no dia seguinte, foram prolongados para uma área de mata na cidade.

 

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Durante a trajetória, o amigo de Pablo conseguiu escapar do veículo dos criminosos e, mesmo ferido, recebeu ajuda policial. Infelizmente, Pablo foi morto, teve partes de seu corpo mutiladas e seu cadáver foi escondido na mata, sendo encontrado pela Polícia Civil após 42 dias de intensa busca.

 

Os responsáveis ​​pelos crimes receberam ordens de indivíduos detidos em prisões estaduais, que monitoravam as vítimas desde sua chegada a Nova Ubiratã. O sequestro foi planejado para forçar as vítimas a confessar pertencer a uma facção criminosa rival.

 

Durante a execução dos crimes, o grupo mantinha contato com um criminoso preso na Penitenciária Central do Estado, que comandava tudo de dentro de sua cela e acompanhava todos os detalhes, desde a captura até a morte das vítimas, recebendo imagens das vítimas amarradas durante as sessões de tortura. Ele tentou não apenas a mutilação das vítimas, mas também suas execuções.

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Durante a operação, foram descobertos telefones celulares, incluindo aqueles encontrados dentro das prisões, essas informações estão sendo comprovadas em busca de acusações de outros crimes que podem ter sido cometidos.

 

No total, dos 11 mandados de prisão emitidos como resultado da investigação sobre a morte de Pablo Ronaldo, dez deles já foram cumpridos. A polícia continua procurando por Hisla Bruna Santana Sampaio, que é responsável pelo controle financeiro do tráfico de drogas em Nova Ubiratã.

 

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Todos os 11 criminosos identificados na investigação foram indiciados pela Polícia Civil por uma série de crimes, incluindo pertencimento a organização criminosa, homicídio qualificado consumado e tentativa, ocultação de cadáver, tortura agravada e sequestro. O inquérito foi conduzido à Justiça na semana passada.

 

Além disso, Robson Júnior Jardim dos Santos, conhecido como “Sicredi”, que é o chefe do Comando Vermelho (CV) no Médio Norte de Mato Grosso, já estava preso no Complexo Penal de Bangu, no Rio de Janeiro, e também enfrentou um novo mandado de prisão.

 

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