Foram 14 dias de buscas pelo brasileiro. A região do condado de Chester se viu em terror, porque a polícia local afirmou nas redes sociais que se tratava de um indivíduo perigoso. Autoridades pediram que os moradores ficassem em casa.
Registros feitos pela imprensa internacional mostram que, no momento da captura, nesta quarta-feira (13/9), Danilo Cavalcante utilizava roupa monocromática, uma calça e um moletom da Eagles, ambos de cor cinza escuro.
Quando o criminoso estava próximo ao camburão, as autoridades envolvidas na captura do brasileiro efetuaram o corte do moletom dele. O procedimento é uma forma de mostrar que não houve brutalidade policial, bem como confirmar a identidade do suspeito – nesse caso, por meio de uma tatuagem nas costas.
Danilo foi condenado por homicídio em primeiro grau, no dia 16 de agosto, por esfaquear até a morte a ex-namorada Débora Evangelista Brandão. O crime aconteceu na cidade de Phoenixville, em abril de 2021.
“Ele a esfaqueou fatalmente 38 vezes, em plena luz do dia, na frente de seus filhos de 4 e 7 anos. Depois, escapou e foi ajudado por familiares e amigos. A Polícia do Estado da Virgínia conseguiu prendê-lo mais tarde, no mesmo dia”, contou a promotora do condado em que ocorreu o crime, Deb Ryan.
Diversas forças de investigação se juntaram ao caso, como a polícia estadual da Pensilvânia, a Swat e o FBI. O Ministério Público do Condado de Chester classificou o brasileiro como “extremamente perigoso”. O criminoso estava cumprindo prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Wendel Santos, preso por matar sua companheira Leidiane Ferro da Silva, 43, no último dia 15 de abril, fez ameaças à amiga dela após cometer o crime. Isso foi o que revelou a mulher em depoimento à polícia. A vítima ainda teria confidenciado que já planejava deixar Wendel. O depoimento consta nos autos do inquérito policial que tramita na 2ª Vara de Peixoto de Azevedo.
Na delegacia, a mulher relatou que era amiga de Leidiane há 24 anos e tinha grande afeto por ela. Ela disse que a única coisa que sabia do relacionamento da vítima com Wendel era que ele era extremamente ciumento.
Ela também afirmou que Leidiane nunca lhe confidenciou agressões sofridas, porém, na semana do crime Leidiane teria lhe dito que não aguentava mais conviver com Wendel e estava decidida a largá-lo. A vítima, inclusive, teria conversado com a filha do suspeito, para ajudá-la a convencer o homem a sair de casa.
No dia do crime, 15 de abril, pouco após a vítima ser morta, a amiga disse que recebeu mensagens ameaçadoras de Wendel em seu celular. Por causa disso, ela procurou a polícia e forneceu imagens da conversa, afirmando que temia por sua vida.
O crime que vitimou Leidiane Ferro da Silva, de 43 anos, ocorreu por volta de 12h40, na residência do casal, no centro antigo de Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte). A vítima foi atingida por vários golpes de faca pelo seu companheiro, quando servia sua refeição na cozinha da casa.
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O filho e a enteada da vítima presenciaram o crime e buscaram ajuda, porém a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Leidiane já havia sido vítima de violência doméstica anteriormente. Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra a mulher sendo estrangulada até perder a consciência, além de ter sido ameaçada com uma faca pelo suspeito.
O caso ganhou grande repercussão e comoção nas redes sociais devido à frieza do assassino e da brutalidade no crime.
No Instagram, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) divulgou imagens de Wendel, que estava foragido, e fez apelo pelo controle da violência contra a mulher no estado.
No dia 19 de abril o suspeito se apresentou na Delegacia de Terra Nova do Norte, ocasião em que já estava com mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça.