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POLÍCIA

Operação Iterum: PF e CGU Investigam Esquema de Desvio de R$ 13 Milhões em Recursos Públicos

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Advogada e Ex-Secretário estão entre os alvos; nove mandatos de busca e apreensão foram cumpridos

 

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na quarta-feira (4) a Operação Iterum, com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de desviar recursos públicos federais destinados à saúde do município de Cuiabá. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos chegue a R$ 13 milhões.

 

Entre os alvos da operação está Gilmar Souza Cardoso, ex-secretário adjunto de Saúde de Cuiabá. Ele é investigado por seu suposto envolvimento em um esquema que teria desviado dos recursos especificados. O esquema teria sido desenvolvido por meio de fraudes nos contratos de saúde com empresas de serviços de tecnologia, que se estenderam de 2017 a 2022.

 

Outros alvos da Polícia Federal incluem servidores públicos municipais, como Rogério Leandro Alves, Dejair José Pereira Júnior e Ramon Polaco Oliveira. Eles foram submetidos a mandatos de busca e apreensão devido à suspeita de má gestão contratual no âmbito do esquema.

 

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Os empresários também estão na mira das autoridades. Antônio Fernando Ribeiro Pereira, da Log Lab, e o advogado Geanatan Andrade Mota, proprietário da Global Genesis Tecnologia e Serviços, são suspeitos de envolvimento no esquema. A polícia investiga a relação entre a Global Genesis e a Log Lab, tendo a possibilidade de que a levantamento primeiro tenha atuado como uma “laranja” da segunda, visto que Geanatan Andrade Mota figura nas investigações como ex-funcionária da empresa que prestou serviços à Prefeitura.

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Durante a operação, nove mandatos de busca e apreensão foram cumpridos em residências e empresas, incluindo um condomínio de luxo em Cuiabá. Agentes da Polícia Federal e servidores da Controladoria Geral da União visitaram casas de alto padrão e um prédio em busca de evidências relacionadas ao esquema.

 

O modus operandi desse esquema envolveu a contratação de amplos serviços de assessoria em informática, incluindo o desenvolvimento e a manutenção de softwares, sem a entrega dos equipamentos correspondentes. No entanto, as investigações não encontraram provas consistentes de que esses serviços tenham sido efetivamente prestados. Os relatórios de fiscalização contratual não continham informações sólidas sobre a execução dos serviços contratados.

 

Operação Iterum:

A Operação Iterum mobilizou 33 policiais federais e 4 servidores da CGU para o cumprimento de nove mandatos de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso e visam aprofundar a investigação sobre crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.

 

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As investigações revelaram irregularidades na execução de um contrato de serviços de tecnologia encerrado pelo município entre 2017 e 2022 com uma empresa de informática. O período abrange a atual gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Vale destacar que, desde março deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde está sob intervenção, sendo administrada por um gabinete indicado pelo Governo do Estado por ordem do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

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Conforme análises realizadas, com o suporte da CGU, não se comprometeram com a prestação efetiva dos serviços contratados nem de sua explicação com os pagamentos realizados. Os envolvidos no esquema podem enfrentar penas de até 30 anos de reclusão. A Polícia Federal e a CGU continuam aprofundando as investigações para identificar os responsáveis ​​pelo desvio de recursos públicos em Cuiabá.

 

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