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POLÍCIA

Primeira vítima de trio sobreviveu ao dizer que era evangélica e mostrar foto de família

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O delegado Nilson Faria, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que um quarto motorista de aplicativo assaltado pelos suspeitos de 15, 17 e 20 anos foi poupado, após intervenção do criminoso mais jovem. Os suspeitos confessaram o assassinato de 3 condutores e “colaboram com as investigações”, informando a localização das vítimas. O delegado disse que espera que eles “não sejam colocados em liberdade”.

 

Os 3 autores dos homicídios foram detidos na noite de segunda-feira (15). Eles assumiram a autoria dos homicídios de Márcio Rogério Carneiro, Elizeu Rosa Coelho e Nilson Nogueira, e revelaram a localização dos corpos. Em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM (98.3), na manhã desta terça-feira (16), o delegado Nilson Faria disse que um quarto motorista chegou a ser assaltado, antes das 3 vítimas mortas.

 

“O primeiro motorista de aplicativo eles libertaram, porque o de 15 anos pediu para não matar. E aí neste primeiro caso, na primeira ação eles não mataram, eles falaram que o motorista era evangélico e ele mostrou a foto da família, eles não mataram. A partir do […] Elizeu, eles desenvolvem essa compulsão e resolvem não perdoar mais, […] e eles afirmaram categoricamente que todos que eles pegassem, numa média de um por dia, todos eles iriam matar, independente de reagir ou não”.

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Ele disse que o menor de 17 anos decidiu executar a primeira vítima, apesar dela ter implorado para não ser morta, pois tinha um desejo de vingança. Anos atrás, ele e seu irmão cometeram um assalto, mas a vítima reagiu e matou o irmão, sendo que o adolescente foi ferido e perdeu um rim. O de 15 anos disse que não participou dos assassinatos.

 

“De forma bem tranquila na delegacia eles informaram que criaram uma espécie de compulsão por matar. […] o de 15 anos, ele fala que só dirigiu, que ele não participou de atos de execução, lógico que ele responde pelos crimes, por estar envolvido, porém, ele já não tinha essa frieza dos outros […]. Quem praticou os atos de execução, que sentiu prazer nessas mortes foi o de 17 e o de 20 anos”.

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O trio pegava o telefone de algum parente e acionava um motorista por aplicativo. O que aceitava era o escolhido para morrer. Uma das vítimas morreu a pauladas e as outras duas a facadas.

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“O maior acabou entrando na situação pelo roubo, porém na hora que ele matou junto com o menor ele falou que ele sentiu prazer, ele gostou da ideia e inclusive foi ele que falou com a gente que se não prendessem, que eles não iriam parar, iam continuar chamando [motoristas], matando e tentando ficar com o carro […] e segundo eles, independente de tentar reagir, de não tentar reagir eles iriam matar”, disse Faria.

 

Segundo o delegado, os veículos seriam vendidos depois, “no boca a boca”. Com essa prisão, Nilson espera que eles permaneçam detidos.

 

“Eu avalio como uma questão quase de insanidade, um ato de extrema barbárie e que esses indivíduos, eu espero, que eles não sejam colocados em liberdade tão logo, que eles paguem presos porque eles são nocivos à sociedade”.

 

O titular da DHPP ainda afirmou que ficou chocado com a postura dos 3 detidos, que relataram os crimes com frieza e riqueza de detalhes. As investigações agora para verificar se havia outros envolvidos, como membros de facção criminosa, nos crimes. Os celulares deles foram apreendidos.

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