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POLÍCIA

TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE: PC indicia pai e atiradora por homicídios e aponta tentativa de fraude em Cuiabá

Publicado em

O empresário Marcelo Cestari proprietário da casa onde a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi morta no dia 12 de julho, com um tiro na cabeça, por um disparo de arma de fogo efetuado pela filha do empresário, também de 14 anos, foi indiciado por quatro crimes. Os indiciamentos foram sugeridos pela Polícia Civil, após a conclusão das investigações sobre o crime.

 

 

                                                           

 

 

A conclusão do inquérito foi apresentada em uma coletiva realizada nesta quarta-feira (2) pelo delegado Wagner Bassi, representando a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) também participou das investigações, mas o delegado titular Francisco Kunze não participou da coletiva porque está hospitalizado.

 

 

Marcelo Cestari foi indiciado por posse de arma de fogo, uma vez que ele permitiu que as armas ficassem na casa dele. Também responderá por homicídio culposo, por ter, segundo a polícia, com imprudência e negligencia ao permitir que a filha dele pegasse essa arma de fogo.

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"Ele agiu com imprudência e negligência. Não poderia permitir que a filha dele pegasse essa arma de fogo. Essa atitude foi imprudente e negligente e cabe indiciamento por homicídio culposo", colocou.

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O terceiro crime é o de entrega da arma para adolescente, além de fraude processual, por condutas que, na visão da polícia, pode ter atrapalhado a investigação. Ele citou como possível fraude processual o fato da esposa guardar os objetos de manutenção das armas que estavam sobre a mesa da casa. 

 

 

“Não poderia ter sido mexido nesta cena até a chegada a polícia. Além disso, informou nas ligações ao Samu que não tinha sido tiro, apesar de ter sido algo bem claro. Isso também pode ter atrapalhado as investigações”.

 

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O pai do adolescente namorado da filha de Marcelo Cestari, Glauco Mesquita Correa da Costa, dono da arma que matou Isabele Ramos, mesmo não estando no local do crime, vai responder por omissão de cautela na guarda de arma de fogo. "Mesmo ele tendo alegado que não tinha conhecimento de que a arma estaria ali, ele teria que tomar esses cuidados. Há indícios suficientes de autoria neste sentido".

 

 

ADOLESCENTES

 

 

No caso dos adolescentes, o namorado da atiradora, que levou as armas para a casa do sogro, vai responder por ato infracional análogo a porte de arma de fogo e pode ser submetido a medidas socioeducativas.

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Já a adolescente que efetuou o disparo deve responder por ato infracional análogo a homicídio doloso, por assumir a responsabilidade de atingir a vítima, uma vez que, apesar de menor, era treinada e sabia manusear o equipamento.  “Quando ela leva a arma naquela direção (à adolescente), no mínimo, ela assume o risco da morte. Ela era uma pessoa capacitada para operar a arma de fogo”.

 

 

O delegado declarou que a Polícia Civil chegou a essa conclusão após analisar todos os detalhes que envolviam a cena do crime, desde laudos periciais, depoimentos e horários de entrada e saída das pessoas na casa no dia do crime.

 

 

“Com depoimentos, com apoio das imagens do circuito de segurança da casa e do condomínio, além de laudos, a polícia conseguiu chegar a detalhes importantes do fato. Agora, a conclusão será encaminhada para o Ministério Público e posteriormente para a Justiça que pode acatar ou não as indicações feitos pelos investigadores”, disse o delegado.

 

 

Wagner Bassi declarou ainda que, quando o adolescente chegou com as duas armas na casa da família, uma estava com munição, outra não. “Ele desmuniciou a arma que estava carregada e ela passou pelas mãos de praticamente todos que estavam na residência”, explicou.

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Fonte: FOLHA MAX

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