A palestra aconteceu no auditório Farroupilha, no Centro de Eventos Rota do Sol, nesta segunda e terça-feira, dias 19 e 20, período vespertino. Na segunda-feira cerca de 200 pessoas entre professores e equipe gestora das escolas municipais e estaduais e da secretaria de Assistência Social, participaram do encontro. Já na terça-feira, 200 pessoas das escolas privadas, faculdades, OAB, Defensoria Pública, Polícia Militar, Guarda Municipal, CRS, Câmara Municipal, Ministério Público, Polícia Civil, Conselhos da Criança e Adolescente, da Pessoa Idosa e da Mulher, Rede de Proteção, Secretaria de Saúde, Secretaria de Cultura e representantes de Nova Ubiratã e Ipiranga do Norte, presenciaram a palestra.

Da abertura, participaram o prefeito Ari Lafin, primeira-dama e secretária de Assistência Social Jucélia Ferro, o vice-prefeito Gerson Bicego, o Juiz de Direito da 5ª Vara Cível Dr Anderson Candioto, o Vereador Acácio Ambrosini, representando a câmara de vereadores, o vereador Rodrigo Machado como co-autor da Lei que instituiu o Programa Municipal de Construção de Paz nas Escolas Municipais, a secretária de educação Lucia Korbes Drechsler, a promotora Maísa Pyrâmides, a defensora pública Dra Luciana Decesaro Cendron, o delegado da Polícia Judiciária Civil Dr. Bruno França, o Tenente Coronel Jorge Almeida e a Sra Katiane Boschetti da Silveira, palestrante da tarde.

Na fala de abertura do evento o Dr. Anderson Candiotto destacou que esses encontros servem para explorar o poder transformador das práticas restaurativas, uma abordagem que busca fortalecer os relacionamentos e construir comunidades mais saudáveis, dentro dos ambientes escolares. “As práticas restaurativas se baseiam em valores como respeito, empatia e responsabilidade, proporcionando espaços seguros para a resolução de conflitos e a construção de vínculos positivos.”

O prefeito Ari Lafin reiterou que “sempre prezou por ambientes saudáveis e pacíficos, com diálogo e comunicação efetiva e espera que essa prática seja introduzida, não apenas em espaços escolares, mas sim em todos os ambientes públicos e privados para transformação da sociedade”.

Uma das principais ferramentas das práticas restaurativas são os círculos de paz, que oferecem um espaço estruturado, onde os participantes podem compartilhar suas experiências, expressar sentimentos e ouvir uns aos outros de maneira respeitosa. Os círculos de paz promovem a escuta ativa, a compreensão mútua e a construção de consenso, contribuindo para a melhoria do clima escolar e o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais dos estudantes.

“Durante este evento, teremos a oportunidade de aprender mais sobre o conceito das práticas restaurativas, explorar casos de sucesso na aplicação dos círculos de paz, em diferentes escolas e refletir sobre como podemos incorporar essas abordagens em nossas próprias práticas educacionais. Esperamos que vocês saiam daqui inspirados e capacitados para criar ambientes escolares mais acolhedores, inclusivos e restaurativos”, destacou Lucia.

Neste primeiro momento, o objetivo do Judiciário é esclarecer como funcionam os círculos de construção de paz, despertando o interesse dos participantes em ser um facilitador.

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No decorrer do evento foi realizada a inscrição dos presentes interessados para integrar as turmas que irão receber formação para se tornarem futuros facilitadores, esta formação iniciará na última semana de julho, com técnicos do Tribunal de Justiça do Mato Grosso. O curso tem duração inicial de 20h, onde a pessoa estará habilitada para realizar círculos. Após essa primeira etapa, serão mais duas, até completar 100h de formação e se tornar um facilitador de círculos de construção de paz.

Sobre a palestrante:

Katiane Boschetti da Silveira, é pedagoga, especializanda em prevenção e posvenção do suicídio; facilitadora e instrutora de justiça restaurativa e círculos de construção de paz;

Assessora especial da presidente do TJMT para justiça restaurativa. Membro do corpo docente da Escola da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul- AJURIS, e do Programa Justiça para o Século 21 do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul.

Foi secretária municipal de Assistência Social de Caxias Do Sul-RS.

Integrou a equipe técnica do Programa Escola + (mais) Paz que acontece nos territórios do Programa de Oportunidade e Direitos (Pod) de Porto Alegre.

Membro do grupo que implantou o Programa Municipal de Pacificação Restaurativa de Caxias do Sul – O Caxias da Paz, ainda em 2012. No programa foi facilitadora na Central Judicial, implantou e coordenou a Central Restaurativa da Infância e Juventude e implantou e coordenou o Programa de Formação Voluntários da Paz, sendo também a instrutora, capacitando mais de 700 pessoas em 10 meses, no ano de 2016