O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou que deve publicar uma portaria nos próximos dias tornando a vacinação contra Covid-19 obrigatória entre os profissionais de saúde. Para ele, a baixa adesão entre a classe representa risco para as equipes hospitalares.
Em entrevista a rádio CBN Cuiabá, Figueiredo justificou que a pandemia causada pelo novo coronavírus e o segundo pico de casos da Covid-19 no Brasil exigem estratégias de proteção coletiva.
A nova portaria deve respeitar os critérios de indicação da vacina estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
"Não é muito o direito individual. Dentro do hospital não dá para tolerar um profissional de saúde que se recusa a se vacinar, porque ele coloca em risco o funcionamento do hospital e a saúde dos colegas. Vamos editar uma portaria para que nos profissionais cuja vacina é indicada, ela seja obrigatória. Não dá para termos contratado, por exemplo, um profissional da saúde, que sabia que atuaria em um hospital 100% Covid, e não quer se proteger. Coloca em risco toda a nossa equipe".
De acordo com o secretário, o Estado tomou a decisão de vacinar 100% dos servidores das unidades que atendem exclusivamente pacientes com Covid-19 para evitar que o vírus se alastre e eleve o déficit de profissionais aptos para atuar nas unidades.
A Secretaria de Saúde de Cuiabá divulgou que não tem contabilizado o número de pessoas do primeiro grupo da fase de vacinação que abriu mão das doses.
A Pasta tem conhecimento apenas de que muitos profissionais que estavam nas litas de prioridades encaminhadas pelos hospitais não compareceram para se vacinares.
Por conta disso, o Município dará andamento na campanha, vacinando outro grupo de profissionais da Saúde.
Menor índice de imunização
Mato Grosso tem uma das menores taxas de imunizados do Brasil, sendo 0,68% da população vacinada até o momento. Figueiredo afirmou que o papel do Estado é fazer com que as doses cheguem aos municípios, que devem coordenar a vacinação conforme estabelecido no PNI.
Ele explicou que o fato de prefeitos e equipes de Saúde que acabaram de tomar posse em seus cargos pode comprometer a logística de vacinação neste primeiro momento.
"Em 38 horas estivemos presente em 141 municípios dando agilidade na distribuição da vacina. A partir daí, a tarefa é Municipal, e aí temos prefeitos recém tomados posse, secretários de Saúde que acabaram de chegar e mal conseguiram construir uma equipe. Uma série de deficiências estruturais que comprometem um pouco esse desempenho. Então, nessa primeira semana justificamos um pouco esse atraso. Apelo a todos os secretários municipais de Saúde para que haja celeridade".
Fonte: Midia News
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