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SAÚDE

Grande Cuiabá tem aumento de 102% nos óbitos dentro de casa

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A Grande Cuiabá registrou um aumento de 102% nas mortes dentro de casa nos meses de maio e junho, em comparação com o mesmo período ano passado, segundo dados do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Secretaria de Estado de Saúde.

No ano de 2019, foram registrados 94 óbitos domiciliares entre maio e junho. Neste ano, no mesmo período, o número saltou para 190 casos.

Isso acontece porque pacientes que já sofrem algum tipo de patologia estão deixando de ir ao hospital com medo de contrair o novo coronavírus, conforme explicou o médico Marcelo Sandrin, especialista em clínica geral.

As pessoas estão se esquecendo de outras doenças. O infarto continua acontecendo, as infecções pulmonares por bactérias continuam existindo, diabetes continua descompensando. Peguei um paciente que já estava passando mal há três semanas, estava com mais de 750 de glicose. A medicação não estava funcionando mais e ele não saia de casa com medo, disse Sandrin.

Ele também citou outro caso de um paciente cardiopata que estava sentindo dor no peito há uma semana e não queria sair de casa para não se infectar com a Covid-19.Ele já podia estar infartado. Se não cuidar, ele pode morrer. Tem que tratar e tratar adequadamente, alertou.

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Outro ponto levantado pelo médico é de que muitos precisam fazer uso do transporte público para irem até as unidades de saúde. Ocorre que o ônibus, por exemplo, é um grande ponto de contaminação da Covid. Isso impede que as pessoas saiam de casa para cuidar da saúde.

Não é prudente, só em extrema necessidade – saúde é uma extrema necessidade -, é que você deve entrar no transporte público. Eles estão mal preparados, muito lotados e ficam a dever. E são os meios mais transmissores que a gente tem, o maior risco de transmissão ocorre no transporte público”, afirmou Sandrin.

 Marcelo disse acreditar que o clima de comoção constante com o coronavírus fez com que as pessoas se esquecessem que existem outras doenças também mortais, influenciando na alienação em procurar um médico.

 Existe um clima muito ruim, avesso à boa medicina, no momento. As pessoas estão esquecendo de que não é só de Covid que a gente vive. A gente continua tendo outras doenças.

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 Mortes por Covid

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 Também fazem parte dos óbitos dentro de casa as vítimas de Covid-19, como foi o caso de Willian Neder Júnior, de 23 anos, que morreu em seu apartamento, no Bairro Bosque da Saúde, no dia 28 de junho.

 Ele chegou a ficar internado em um hospital da Capital dias antes de passar mal em casa e desmaiar.

 Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas já encontrou o rapaz sem vida.

 Outro caso foi o do uruguaio, cuja identidade não foi divulgada, encontrado morto dentro de casa, no condomínio residencial Jardins, na região central de Várzea Grande, no último dia 15.

 Ele estava infectado com Covid e a suspeita é que tenha falecido em decorrência do vírus, já que seu corpo não apresentava marcas de ferimentos.

 Temos óbitos também por Covid. Tive um paciente que estava se tratando em casa, esteve no Pronto-Socorro dias atrás tratando pneumonia e depois deram alta. Ele foi para casa, desenvolveu Covid e está com quadro extremamente grave, relatou Sandrin.

Fonte: Midia News

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