Um estudo publicado pelo Instituto Trata Brasil com a GO Associados, traz os dados sobre o saneamento básico das 100 maiores cidades brasileiras. A pesquisa publicada nesta segunda-feira (20) mostra que dentre os 20 municípios que possuem as melhores infraestruturas de tratamento de esgoto e de água potável, metade são da região Sudeste.
Outro dado posto é que enquanto os 20 municípios possuem cerca de 80,1% de cobertura, os 20 últimos apresentam apenas 18,2% de cobertura de tratamento de esgoto e água potável.
Além disso, é expresso no estudo que o tratamento de esgoto é cerca de 340% superior quando comparado as 20 primeiras cidades do ranking com as 20 últimas.
Já em relação à água potável, os 20 primeiros municípios conseguem cobrir cerca de 99,75%, em contraponto com os 20 últimos que cobrem cerca de 79,56%.
Ao todo, foram considerados 100 municípios que somados dão cerca de 40% da população brasileira. Confira a lista do “Ranking de Saneamento 2023”.
20 melhores municípios no quesito saneamento básico:
São José do Rio Preto (SP);
Santos (SP);
Uberlândia (MG);
Niterói (RJ);
Limeira (SP);
Piracicaba (SP);
São Paulo (SP);
São José dos Pinhais (PR);
Franca (SP);
Cascavel (PR);
Ponta Grossa (PR);
Sorocaba (SP);
Suzano (SP);
Maringá (PR);
Curitiba (PR);
Palmas (TO);
Campina Grande (PB);
Vitória da Conquista (BA);
Londrina (PR); e
Brasília (DF).
20 piores municípios no quesito saneamento básico:
Macapá (AP);
Marabá (PA);
Porto Velho (RO);
Santarém (PA);
São Gonçalo (RJ);
Belém (PA);
Rio Branco (AC);
Maceió (AL);
Várzea Grande (MT);
Ananindeua (PA);
Duque de Caxias (RJ);
São João de Meriti (RJ);
Gravataí (RS);
Jaboatão dos Guararapes (PE);
São Luís (MA);
Belford Roxo (RJ);
Pelotas (RS);
Manaus (AM);
Cariacica (ES); e
Caucaia (CE).
Segundo a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewer Pretto: “é observado que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado”.
Pretto ainda diz que a carga poluente de esgoto não tratado no país, que é despejado de forma irregular nos rios, mares e lagos, colabora para que haja a degradação do meio ambiente, além de ser um problema que impacta de forma negativa a saúde pública.
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A pesquisadora aponta que as cidades que estão mais bem colocadas na lista chegaram a investir, em média, R$ 166,52 por habitante nos serviços de saneamento. Já as 20 piores investem cerca de R$ 55,46.